Uma investigação foi aberta contra um policial israelense suspeito de ter atirado sem necessidade durante um ataque palestino com uma faca no mês passado em Jerusalém, informou neste domingo (13) o ministério da Justiça israelense.
Trata-se da primeira investigação aberta contra um policial israelense em serviço por um suposto uso excessivo da força desde a onda de violência que começou no início de outubro entre palestinos e israelenses, segundo o ministério.
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Na ocasião, duas palestinas, com idades de 14 e 16 anos, feriram dois homens com golpes de tesoura no final de novembro, perto do grande mercado ao ar livre de Mahane Yehouda, em Jerusalém ocidental, a parte israelense da cidade. Jerusalém oriental, a parte palestina, é ocupada por Israel desde 1967.
A palestina de 16 anos foi morta e a de 14 anos ficou gravemente ferida por um policial que saiu de seu carro e levantou sua arma pedindo que elas se rendessem.
"Uma investigação foi aberta (...) para verificar as acusações segundo as quais o policial atirou contra a terrorista quando ela já havia sido neutralizada e que, segundo as acusações, ela não representava mais perigo", informou o ministério da Justiça.
A investigação foi aberta por recomendação do procurador do estado Yehouda Weinstein.
Durante o interrogatório, o policial afirmou que ele continuou atirando porque achou que a jovem ainda representava perigo, explicou o ministério da Justiça.
Desde 1º de outubro, os ataques com armas brancas ou carros-bomba contra israelenses e confrontos entre palestinos e soldados israelenses, em Israel e nos territórios palestinos ocupados por Israel, deixaram 116 mortos palestinos, dentre eles um árabe israelense, 17 israelenses, assim como um americano e um eritreu, segundo cálculos da France Presse.
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