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Passagem do tufão Yagi deixa ao menos 113 mortos em Mianmar

Segundo oficiais do governo, mais de 320 mil pessoas foram deslocadas para campos de socorro temporários


				
					Passagem do tufão Yagi deixa ao menos 113 mortos em Mianmar
Moradores se movimentam barco em rua alagada de Naypyitaw, Myanmar, no domingo (15). Aung Shine Oo/AP Photo

As inundações em Mianmar provocadas pelo tufão Yagi deixaram pelo menos 113 mortos e mais de 320 mil pessoas deslocadas, indicou neste domingo (15) a junta militar que governa o país.

"Em todo o país, 113 pessoas morreram, 64 estão desaparecidas e 14 estão feridas", disse o porta-voz da junta militar, Zaw Min Tun.

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O oficial também informou que "mais de 320 mil pessoas, ou 78 mil lares, foram levadas para campos de socorro temporários".

Esse tufão, que castiga a região há dias, já causou mais de 400 mortes em Mianmar, Vietnã, Laos e Tailândia.

No lago Inle, local turístico a 30 quilômetros de Kalaw, a água subiu no sábado até o segundo andar das casas construídas sobre palafitas, disse um homem que removia sua família.

"Vilas inteiras ficaram submersas" em algumas áreas próximas ao lago, disse ele à AFP neste domingo, pedindo para permanecer em anonimato.

Carros e caminhões com voluntários viajavam no domingo de Rangum para o norte do país, em direção às áreas mais afetadas de Taungoo, na região de Bago, e ao redor da capital Naypyidaw, indicaram jornalistas da AFP no local.

Os veículos estavam carregados com água mineral, roupas e alimentos secos. Alguns tinham botes amarrados aos tetos.

O líder do governo militar, Min Aung Hlaing, pediu no sábado auxílio internacional para enfrentar as inundações, algo incomum em um regime que frequentemente dificultou a entrada de ajuda humanitária estrangeira.

As inundações agravam ainda mais a miséria em Mianmar, que enfrenta uma grave crise humanitária, de segurança e política desde o golpe de estado de fevereiro de 2021 contra o governo eleito de Aung San Suu Kyi.

Mais de 2,7 milhões de habitantes foram forçados a abandonar suas casas devido ao conflito civil em curso.

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