"Querida Ileana: espero que esta carta, que será enviada por correio no primeiro voo direto em 50 anos entre Estados Unidos e Cuba, perdure como recordação de um novo capítulo nas relações entre os dois países".
O presidente Barack Obama aproveitou o restabelecimento dos serviços postais diretos entre Estados Unidos e Cuba para responder de próprio punho a Ileana Yarza, uma cubana de 76 anos que manifestou o desejo de conhecê-lo.
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Uma cópia da carta foi divulgada pela Casa Branca antes de ser colocada no envelope e selada e "chegará antes de o presidente desembarcar na ilha, este domingo", disse um executivo americano.
A carta chegou a Havana na quarta-feira (16), no voo inaugural com correspondências de um país para outro.
"Acompanho sua carreira política desde sua primeira campanha eleitoral", escreveu Ileana Yarza em uma carta datada de 18 de fevereiro, quando convidou Obama para tomar um café e contou que comemorou suas vitórias em 2008 e 2012.
Na mensagem, Ileana também lamentou que não seja possível que Obama concorra a um terceiro mandato.
Em sua carta a Ileana, Obama escreve que está ansioso para visitar Havana. "Com sorte, terei tempo para apreciar uma xícara de café cubano", finaliza.
Como era até agora
Os envios dos correios entre os dois países foram suspensos em 1968 depois da explosão de uma bomba proveniente de Nova York em um carregamento postal, lembra um artigo da estatal Agência Cubana de Notícias (ACN).
Durante décadas o enlace postal entre Cuba e EUA foi feito através de um terceiro país e as negociações para regularizar o serviço direto começaram em 2009, mas ficaram interrompidas vários anos até que foram retomadas de novo em 2013.
Já no marco do degelo diplomático e após 48 anos de suspensão, em 10 de dezembro de 2015 Cuba e EUA acordaram restabelecer o serviço postal direto mediante um Plano Piloto para transportar pacotes e correspondência entre ambos países.
Além disso, a entrada em vigor do convênio ocorre às vésperas da visita que fará a partir do dia 20 o presidente dos EUA, Barack Obama, à ilha, a primeira de um líder de seu país nos últimos 88 anos, que espera-se que dê um impulso ao processo de normalização das relações bilaterais.
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