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Mundo ficará mais seguro após acordo com o Irã, diz Obama

Presidente dos EUA disse que ele mesmo pediu a libertação de reféns. Para Obama, não há mais chances de Irã construir bomba nuclear

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse na tarde deste domingo (17) que seu país e o resto do mundo vão ficar mais seguros com o acordo nuclear que retirou as sanções econômicas impostas ao Irã.

"Os Estados Unidos e o resto do mundo ficarão mais seguros", disse o presidente em discurso transmitido pela TV. Ele acrescentou que os EUA nunca tiveram medo de perseguir a diplomacia com o país do Oriente Médio, que ele definiu como "inteligente", e que o acordo resulta de seu apelo direto em lidar com os inimigos de seu país.

"Eliminamos qualquer possibilidade de o Irã construir uma bomba nuclear (...) Agora, o Irã não terá material suficiente para fazer uma bomba. (...) Um novo reator que é capaz de produzir plutônio não poderá ser usado de novo", disse Obama.

O presidente norte-americano disse que ele mesmo forçou o Irã a libertar os reféns detidos no país. "Nós alcançamos esse progresso histórico pela diplomacia, sem lançar mão de outra guerra no Oriente Médio", afirmou.

As sanções internacionais contra o Irã foram suspensas neste sábado (16), depois de a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) certificar que o país cumpriu os termos do acordo nuclear firmado com os EUA e outros cinco países em 14 de julho de 2015.

As sanções impostas ao Irã até agora impediram o acesso do país a US$ 80 milhões do sistema financeiro global internacional, reduziram suas exportações de petróleo e afetaram a renda de cidadãos comuns no país, que tem 77 milhões de habitantes.

O acordo nuclear, firmado entre Irã, EUA, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha, tinha como objetivo impedir que o Irã tivesse acesso a uma bomba atômica e mantivesse um programa nuclear voltado apenas a fins pacíficos.

As sanções poderão ser levantadas progressivamente a partir do início de 2016, mas o acordo também prevê seu restabelecimento em caso de violação dos compromissos por parte da República Islâmica. A retirada das sanções deverá esperar uma reunião da AIEA prevista para o meio de dezembro, na qual será confirmado que o Irã respeita seus compromissos.

Pagamento bilionário

Os Estados Unidos pagarão ao Irã US$ 400 milhões em dívidas e US$ 1,3 bilhão em juros contabilizados desde a Revolução Islâmica, anunciou neste domingo o secretário de Estado John Kerry.

O pagamento, acertado perante um tribunal internacional, não está incluindo nos bilhões de dólares aos quais o Irã poderá ter acesso agora, após o fim das sanções relacionadas ao seu programa nuclear.

Bolsas do Oriente Médio

Com o preço do barril de petróleo em um nível histórico, abaixo de US$ 30, o menor em 12 anos, a perspectiva de o Irã entrar no mercado internacional desta commodity derrubou as bolsas de valores de países do Golfo Pérsico.

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