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Itália vai às urnas para escolher novo governo; veja desafios

País pode ter, pela primeira vez após a Segunda Guerra, uma primeira-ministra de extrema direita; endividamento e Guerra da Ucrânia são fatores em jogo na eleição

A Itália vai às urnas neste domingo (25) para escolher um novo Parlamento e, por consequência, um novo governo.

Os italianos escolhem, até às 18h (horário de Brasília), quem serão os seus representantes em Roma.

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Segundo indicam as pesquisas de opinião, o país está a caminho de ter uma primeira-ministra de extrema direita após o colapso do governo do primeiro-ministro Mario Draghi e a convocação do pleito.

Essa é a primeira eleição a ser realizada desde que foram adotadas mudanças constitucionais que reduziram o tamanho das duas câmaras parlamentares. Também ocorre no momento em que a terceira maior economia da União Europeia, uma das mais endividadas, tenta lidar com a disparada dos preços da energia, as taxas de juros crescentes e as consequências da invasão russa da Ucrânia.

Ao fim do período de votação é esperada a divulgação de pesquisas de boca-de-urna que darão pistas de que governo deverá ser formado.

A aliança com maior quantidade de parlamentares eleitos nomeia o primeiro-ministro. Entre os principais candidatos estão Giorgia Meloni (candidata da extrema-direita) e Enrico Letta (candidato de centro-esquerda).

Essas eleições são diferentes das últimas no país, já que apresentam uma série de desafios em questões econômicas e políticas.

O que acontecerá com os bilhões de euros do fundo de recuperação pós-covid concedidos à Itália pela UE? O apoio à Ucrânia continuará diante da invasão russa?

Veja abaixo:

Extrema direita no poder

A coalizão de direita - formada pelo partido pós-fascista Irmãos da Itália (Fratelli d'Italia, FDI) de Giorgia Meloni, a Liga de Matteo Salvini e Forza Italia (FI) do magnata Silvio Berlusconi - lidera todas as pesquisas, com cerca de 45 a 47% das intenções de voto, contra 22% da coalizão de esquerda - liderada pelo Partido Democrata (PD, centro-esquerda).

Segundo o acordo que vigora há anos entre os líderes dos partidos de direita, a formação mais votada será aquela que designará o candidato ao cargo de chefe de Governo.

O FDI está à frente de seus aliados, com cerca de 24% das intenções de voto, contra 12% da Liga e 8% do Forza Itália, segundo as pesquisas.

Se a votação confirmar as pesquisas, significa que, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, a Itália, um dos países fundadores da União Europeia (UE), será governada por um primeiro-ministro que pertence a um partido político pós-fascista e eurocético.

Meloni e sua formação são herdeiros do Movimento Social Italiano (MSI), partido neofascista criado em 1946 após a Segunda Guerra Mundial por líderes que faziam parte da República de Saló, um Estado fantoche da Alemanha nazista.

Seus principais aliados na Europa são o partido de extrema direita espanhol Vox e o conservador e nacionalista polonês Lei e Justiça, que junto com o FDI fazem parte da bancada dos Conservadores e Reformistas Europeus (CRE) no Parlamento Europeu.

O que acontecerá com os fundos concedidos pela UE?

Devido à pandemia e à crise econômica, a Itália foi o país que mais se beneficiou do plano de recuperação europeu, com um pacote de cerca de 200 bilhões de euros para financiar projetos e estimular o crescimento.

Mas, para obter esses fundos, Roma deve implementar uma série de reformas complexas previamente negociadas pelo ex-primeiro-ministro Mario Draghi.

Meloni alertou em várias ocasiões durante a campanha eleitoral que pretende renegociar com a Comissão Europeia as condições relativas à concessão desses fundos.

A Comissão não reagiu, como é habitual quando a campanha eleitoral está em pleno andamento.

No entanto, a posição contrária ao bloco e soberanista do seu partido desencadeia muitas incógnitas.

Se os termos e condições negociados não forem respeitados, o desembolso do dinheiro corre o risco de atrasos significativos.

Armas à Ucrânia e sanções contra a Rússia

Se a direita chegar ao poder, a posição italiana sobre a guerra na Ucrânia, a ajuda a esse país e as sanções internacionais contra a Rússia poderão ser repensadas.

Draghi encarnou a posição de uma Itália pró-europeísta e atlanticista, que enviou armas, apoiou a Ucrânia e aplicou rigorosamente sanções contra a Rússia.

Meloni também expressou apoio a essa linha, mas seu aliado, Matteo Salvini, um fervoroso admirador de Vladimir Putin e o segundo líder mais importante da coalizão de direita, discorda.

"As sanções não vão enfraquecer a Rússia. Pelo contrário, elas correm o risco de colocar a Itália e os países europeus de joelhos", disse ele recentemente.

Salvini também se opõe ao envio de mais armas para a Ucrânia e é a favor de negociações, sem especificar como.

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