Imagem
Menu lateral
Imagem
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > MUNDO

Gripe: cientistas criam vacina única contra 20 versões do influenza

Vacina de RNA mensageiro (mRNA) se mostrou eficaz contra 18 cepas diferentes do vírus influenza A e duas do influenza B em animais

Cientistas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo uma vacina universal contra 20 subtipos do vírus influenza, causador da gripe. O avanço científico foi relatado em um artigo publicado nessa quinta-feira (24/11), na revista Science.

O imunizante deve oferecer à população um nível satisfatório de memória imunológica contra a doença, para que o organismo seja capaz de reconhecer qualquer vírus da gripe que possa encontrar no futuro.

A vacina foi desenvolvida com a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), a mesma usada nas vacinas contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech e Moderna. Ela leva pequenas partículas lipídicas com instruções de mRNA para que as células possam criar réplicas das proteínas hemaglutininas, que aparecem na superfície do vírus influenza, e aprendam a reconhecê-las quando em contato com o patógeno.

Testes iniciais feitos em camundongos e furões mostraram que a aplicação de duas doses do imunizante experimental foi capaz de fornecer uma grande proteção contra todos os 20 subtipos do vírus influenza A e B conhecidos.

O sistema imunológico dos animais vacinados reconheceu as proteínas hemaglutininas e se defendeu contra 18 cepas diferentes do vírus influenza A e duas do influenza B. Os níveis de anticorpos permaneceram estáveis por, ao menos, quatro meses após a vacinação.

Ela também foi capaz de reduzir os sintomas e proteger os furões contra a morte mesmo quando eles foram expostos a um tipo de vírus da gripe diferente dos que estão presentes na fórmula.

O principal autor do estudo, Scott Hensley, explica que o objetivo da vacina não é, necessariamente, proteger contra a infecção, e sim fornecer proteção duradoura contra a evolução da doença para um quadro grave e morte, além de dar às pessoas um nível básico de memória imunológica para diversas cepas de gripe.

“O objetivo é que muito menos pessoas fiquem doentes e morram quando ocorrer a próxima pandemia de gripe”, afirma em um comunicado.