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Fronteira síria com a Turquia tem cerca de 20 mil pessoas bloqueadas

Refugiados fogem da ofensiva do regime de Bashar al-Assad na Síria. A Turquia já abriga cerca de 2,5 milhões de sírios

Cerca de 20 mil civis que fogem da ofensiva do regime de Bashar al-Assad na província síria de Aleppo (norte) estavam bloqueados nesta sexta-feira (5) na fronteira com a Turquia, agravando a tragédia humanitária provocada pelo conflito que deve ser alvo de novas discussões na ONU.

"Estima-se que um total de até 20 mil pessoas estejam reunidas na passagem de fronteira de Bab al-Salama e entre 5 mil e 10 mil tenham ido para a cidade (mais próxima) de Azaz", também na província síria de Aleppo, informou Linda Tom, porta-voz do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).

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A província de Aleppo é um dos principais redutos da rebelião em um país fragmentado entre regime, rebeldes e jihadistas do grupo Estado islâmico (EI).

Nesta sexta-feira, a fronteira entre a Turquia e a Síria foi fechada ao sul da cidade turca de Kilis (sul), enquanto milhares de pessoas aguardavam do lado sírio.

Imagem ilustrativa da imagem Fronteira síria com a Turquia tem cerca de 20 mil pessoas bloqueadas
| Foto: FOTO: BULENT KILIC / AFP

De acordo com um jornalista da agência France Presse, a situação era calma no posto de fronteira turco de Oncupinar (chamado Bab al-Salama do lado sírio). A Turquia já abriga cerca de 2,5 milhões de sírios.

Vídeo
Um vídeo postado por ativistas na internet mostra centenas de pessoas, incluindo muitas crianças, caminhando em direção à fronteira com a Turquia. Alguns carregavam nas costas sacos de plástico, enquanto outros parecem ter partido sem nada.

"Onde estão vocês, Turquia, Arábia Saudita, Catar? Onde estão os muçulmanos para nos ajudar?", exclamou um homem irritado, referindo-se aos países que apoiam a rebelião.

"O que frustra a maioria dos rebeldes são esses países que afirmam ser amigos da Síria, mas que se contentam com belas palavras", afirmou à agência France Presse Mamoun al-Khatib, diretor da agência de notícias local Shahba.

Recuo de rebeldes
Sob cobertura de ataques aéreos russos - que foram quase mil desde o início desta ofensiva na segunda-feira -, o exército sírio recuperou o controle de duas novas localidades rebeldes, Rityan e Mayer, apertando o cerco em torno da cidade de Aleppo.

Imagem ilustrativa da imagem Fronteira síria com a Turquia tem cerca de 20 mil pessoas bloqueadas
| Foto: FOTO: BULENT KILIC / AFP

Mais de 120 rebeldes e membros das forças pró-regime teriam morrido na localidade de Ratyan, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

No sul do país, ainda com o apoio dos ataques russos e de combatentes do Hezbollah libanês, as forças de Assad tomaram uma cidade estratégica, Atmane, na província de Deraa.

Com as vitórias recentes do regime, os rebeldes estão no que poderia ser o seu pior momento desde o início do conflito em 2011.

"Os rebeldes estão batendo em retirada em todos os lugares, não há uma frente significativa onde não recuaram", declarou Emile Hokayem, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.

Enquanto isso, a situação humanitária, já catastrófica, piorou, com 40 mil habitantes da província de Aleppo em fuga em direção à fronteira turca.

Plano político
No plano político, as conversações de paz indiretas em Genebra, que nem sequer foram iniciadas entre regime e oposição, foram adiadas pelo mediador da ONU Staffan de Mistura para 25 de fevereiro.

Imagem ilustrativa da imagem Fronteira síria com a Turquia tem cerca de 20 mil pessoas bloqueadas
| Foto: FOTO: BULENT KILIC / AFP

Ele deverá prestar contas ainda nesta sexta ao Conselho de Segurança sobre sua decisão de adiar essas discussões que deveriam buscar uma solução para o conflito.

Em entrevista ao jornal italiano "La Repubblica", De Mistura indicou que a ONU iria "verificar" em 12 de fevereiro em Munique, por ocasião de uma conferência sobre segurança, a disposição dos países envolvidos no conflito para alcançar paz.

No entanto, os Estados Unidos, França, Turquia e a Otan têm acusado Moscou de minar os esforços para uma solução política do conflito, que já deixou mais de 260 mil mortos e que forçou mais de metade da população a deixar suas casas.

Ancara também considerou de "ridículas" as acusações feitas no dia anterior por Moscou sobre um projeto de intervenção militar turca na Síria.

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