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Extremistas planejavam atentado em jogo entre Brasil e França, diz procurador

Suspeitos de integrar célula desmantelada em janeiro de 2015, antes dos atentados a Paris e Bruxelas, são julgados

Uma célula extremista desmantelada na cidade belga de Verviers em janeiro de 2015 planejava cometer um atentado durante um jogo amistoso entre as seleções do Brasil e da França, que reuniu um público de mais de 80 mil pessoas em Paris dois meses depois.

A hipótese foi defendida pelo procurador federal belga Bernard Michel nesta quinta-feira (19), durante o julgamento de 16 acusados de integrar a chamada "célula de Verviers" (em referência à cidade belga onde eles se articularam).

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Para o Ministério Público do país europeu, a célula formava o "embrião" dos grupos que atacaram Bruxelas, no último 22 de março, e Paris, em novembro.

Seu comandante teria sido Abdelhamid Abaaoud, suposto coordenador dos atentados de Paris, morto em uma intervenção das forças de ordem francesas cinco dias depois de ter sido acusado de participar da morte de 130 pessoas.

'Rascunho'
O suposto projeto de atentado foi descoberto graças a uma série de escutas telefônicas, relacionadas a um belga que havia combatido junto ao grupo extremista autodenominado Estado Islâmico (EI) na Síria.

Em uma das conversas registradas, um homem identificado como AK explica a Mohamed Arshad, suposto coordenador logístico da célula, que um dos alvos do ataque preparado seria uma partida de futebol que aconteceria "logo".

O procurador federal disse acreditar que AK seja Chakib Akrouh, um dos autores dos atentados de Paris, morto em companhia de Abaaoud ao acionar um cinto de explosivos.

Imagem ilustrativa da imagem Extremistas planejavam atentado em jogo entre Brasil e França, diz procurador
| Foto: FOTO: Reuters/Charles Platiau/File P

Michel lembrou que o Stade de France, estádio onde ocorreu o amistoso entre Brasil e França em março de 2015, foi um dos alvos do grupo liderado por Abaaoud oito meses mais tarde, nos atentados de novembro.

"Verviers foi o rascunho de Paris. A imagem que aparece globalmente é clara, mesmo se ainda faltam peças. Trata-se do mesmo modo operatório, com pontos estranhamente semelhantes".

No apartamento de Verviers utilizado como esconderijo pelos acusados de extremismo, a polícia encontrou explosivos do tipo TATP, o mesmo usado nos atentados de Bruxelas e de Paris.

Também apreendeu armas, munições e uniformes de polícia, o que leva o procurador a deduzir que as forças de ordem belgas também eram um dos alvos do grupo.

A imprensa local afirma que os extremistas pretendiam sequestrar um magistrado e transmitir sua decapitação ao vivo pela internet, uma informação que até agora não foi confirmada ou desmentida pelo Ministério Público.

"Se a polícia não tivesse intervindo em Verviers no dia 15 de janeiro de 2015, poderíamos esperar atentados de grande alcance. E hoje sabemos o que isso significa quando vemos o que houve em Paris e Bruxelas", disse o procurador.

Dos 16 acusados no caso, só sete assistem ao processo. Os demais estão mortos ou desaparecidos, acredita-se que combatendo na Síria.

Dois suspeitos morreram durante a operação policial para desmantelar a célula extremista. Abaaoud conseguiu escapar da polícia na Grécia, onde se escondia na época, e seu paradeiro permaneceria desconhecido até os atentados de Paris.

O Ministério Público pediu pena de 18 anos de prisão para Mohammed Arshad, quem considera a principal peça do que restou do grupo.

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