Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido ordenaram que as famílias dos funcionários de suas embaixadas em Kiev, capital da Ucrânia, deixem o país em meio à escalada de tensão com a Rússia.
Os países ocidentais temem que a Rússia invada novamente a Ucrânia (veja mais abaixo). O governo russo posicionou mais de 100 mil soldados na fronteira e tem feito exercícios militares com Belarus, outro país que fazia parte da União Soviética, mas nega que vá promover uma invasão.
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O Departamento de Estado americano afirmou no domingo (23) que a decisão foi tomada "devido à ameaça persistente de uma operação militar russa" no país vizinho. A Embaixada britânica na Ucrânia disse que a medida inclui não só dependentes, mas também alguns funcionários.
O comunicado do governo dos EUA diz também que funcionários locais da embaixada podem deixá-la se desejarem e recomenda aos cidadãos americanos que residem na Ucrânia que "devem agora considerar" deixar o país em voos comerciais ou outros meios de transporte.
Os anúncios ocorrem dias após os chefes da diplomacia dos Estados Unidos e da Rússia, Antony Blinken e Sergey Lavrov se reunirem para discutir a crise da Ucrânia.
Otan envia tropas
Nesta segunda-feira (24), os países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) anunciaram que vão reforçar a capacidade de defesa no leste da Europa, enviando tropas, aviões e navios para contrabalançar a concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia.
"A Otan continuará tomando todas as medidas necessárias para proteger e defender todos os aliados, inclusive reforçando a parte oriental da aliança", afirmou seu secretário-geral, Jens Stoltenberg.
A Otan é uma aliança político-militar dos EUA e do Canadá com países europeus para proteger mutuamente os países-membros. Desde o fim da União Soviética, a aliança tem se expandido para o leste europeu — o que a Rússia considera uma ameaça (veja mais abaixo).
A organização afirmou também que a Espanha "está considerando enviar aviões de combate para a Bulgária", que a Holanda enviará caças ao mesmo país e a França "manifestou sua disposição de enviar tropas para a Romênia".
A declaração ocorre três dias após o governo russo exigir a retirada das tropas da Otan da Romênia e da Bulgária, países que fazem parte da aliança político-militar.
Esta reportagem está em atualização.