Cerca de 174 pessoas morreram e 756 ficaram feridas durante as duas semanas dos conflitos na capital da Líbia, Trípoli. A informação foi divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que também anunciou ter enviado equipes extras de cirurgia a hospitais. Além disso, um levantamento da ONU apontou que 13,5 mil foram obrigadas a deixar suas casas.
Desde 4 de abril, as forças do Governo de Unidade Nacional (GNA), reconhecido pela comunidade internacional, e o Exército Nacional Líbio (LNA, em inglês), comandado pelo ex-general Khalifa Haftar, se enfrentam nas proximidades de Trípoli. As tropas dissidentes, baseadas em Bengazi, não reconhecem o governo central.
O ex-general Haftar, de 75 anos ? que passou os últimos anos lutando contra militantes islâmicos no leste da Líbia ? apresenta-se como uma "mão forte" que pode unificar o país e livrá-lo dos extremistas. Seus oponentes, entretanto, o veem como alguém que poderia liderar de forma autoritária, como o ex-ditador Muammar Kadhafi, morto em 2011.
As forças do LNA tomaram o deserto da Líbia no início deste ano, antes de partirem para Trípoli neste mês, onde estão abrigadas na parte sul. O governo do primeiro-ministro, Fayez al-Serraj, busca bloqueá-los com a ajuda de grupos armados que saíram da cidade de Misrata, no litoral, em picapes equipadas com metralhadoras.