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Bolsonaro diz que vai pedir a Putin liberação de brasileiro preso

Motorista que trabalhava para o jogador Fernando foi detido ao transportar medicamentos proibidos na Rússia

O presidente da República Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta terça-feira que vai fazer contato com o governo da Rússia para pedir a liberação de Robson Oliveira, preso há mais de 500 dias em solo russo por transportar medicamentos proibidos a pedido do sogro do jogador Fernando. O caso vem sendo acompanhado em uma série de reportagens exclusivas do Esporte Espetacular.

- A justiça russa é bastante rígida, mas um perdão do Governo local será buscado por nós. Entramos no caso e o Brasil buscará, diplomaticamente, o retorno de Robson ao Brasil - escreveu nas redes sociais o Presidente da República, informando que vai se reunir com Ernesto Araújo, Ministro das Relações Exteriores, para discutir o assunto.

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Na reportagem mais recente que foi ao ar no último domingo (04/10), Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, disse que iria levar o caso ao conhecimento de Bolsonaro. E se comprometeu a tentar resolver a questão da maneira mais diplomática possível, "sem radicalizar". Jair Bolsonaro também usou a palavra "diplomaticamente".

Preso há um ano, seis meses e 21 dias, Robson ganhou o apoio recente de um movimento iniciado sobretudo nas redes sociais que contou com a participação de vários jogadores conhecidos, como o atacante Richarlison, do Everton, e Rafael Cabral, goleiro do Reading. Propagou-se rapidamente pela internet a hashtag #JustiçaporRobson".

- (Esse movimento) Me deixou feliz. Essa proporção que tomou, jogadores falando, artistas comentando, falando do caso. Finalmente as pessoas tão tendo noção real do caso - declarou o filho Robson Júnior, que nunca mais falou com o pai desde que ele foi detido pelas autoridades russas.

Relembre o caso

Robson e a esposa, Simone, trabalhavam para Fernando, na época em que o meio-campo revelado pelo Grêmio e com passagem pela seleção, jogava no Spartak de Moscou. Eles foram contratados pela família do jogador, e embarcaram para a Rússia transportando, a pedido do sogro de Fernando, um medicamento legalizado no Brasil, mas proibido em território russo, o Mytedon - Cloridrato de metadona.

Na época, Robson alegou que não sabia o que tinha na mala, e que a família havia informado que a bagagem estava apenas com algumas roupas e mantimentos. O brasileiro acabou detido no aeroporto em Moscou, e preso trinta dias depois, acusado de ser dono do medicamento. Nem Fernando, nem a esposa do jogador, Rafaela Rivoredo, nem o pai de Rafaela, William Pereira de Faria, confirmaram para as autoridades russas que o medicamento era de William.

O sogro de Fernando, William Faria, não prestou qualquer esclarecimento para a polícia russa. No dia 6 de junho de 2019, três meses após a prisão de Robson, em depoimento Fernando disse não saber de que modo os remédios foram recebidos por Robson no Brasil, nem a forma de entrega, na mala ou em caixas de remédios não empacotadas, e acrescentou que não mantinha contato com o sogro.

Em momento algum do depoimento, Fernando afirmou que os remédios eram de William. Depoimento bastante semelhante ao da esposa Rafaela, que disse que não sabia que o pai havia pedido para Robson trazer os remédios. Na época, ela disse também não saber o endereço do pai, porque ele se mudava constantemente.

Em vídeos gravados em um celular para o Esporte Espetacular no dia 7 de setembro de 2019, Fernando deu um depoimento bem diferente do que foi dado à polícia russa. "Quando eles foram parados no aeroporto, a gente imediatamente mandou o prontuário médico, receita, passaporte do meu sogro, tudo o que fosse necessário pra provar que o remédio era do meu sogro, porque realmente, o remédio era do meu sogro", disse.

Fernando e a esposa se mudaram para a China, após o jogador ter acertado uma transferência do Spartak para o Beijing Guoan, no meio do ano passado. Os pais de Rafaela saíram da Rússia uma semana após a prisão de Robson. E nos últimos meses, a justiça russa adiou diversas audiências sobre o caso.

Em 566 dias desde a prisão de Robson, Fernando, Rafaela e William jamais prestaram um depoimento oficial, admitindo que o sogro do jogador era o dono dos remédios.

- Que eles façam um depoimento seja através de uma entrevista, seja através de documentos que a gente possa traduzir, juramentar e levar para Moscou pra que isso tenha valor jurídico. Mas que eles façam algo. O Fernando tem condições de comprar passagem aéreas de primeira classe, até de alugar um jato, e chegar lá em Moscou e dar um depoimento sobre o que realmente aconteceu. Mas isso eles não fazem - afirmou Olímpio, advogado de Robson no Brasil.

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