Pelo menos 22 pessoas morreram neste sábado (14) em ataques aéreos israelenses que atingiram abrigos para deslocados na Faixa de Gaza, segundo médicos palestinos. O Exército de Israel declarou que os alvos das ofensivas eram combatentes armados que estariam operando nas áreas atacadas.
Em um dos bombardeios, 10 pessoas foram mortas perto do prédio da prefeitura em Deir Al-Balah, no centro de Gaza, onde civis estavam reunidos para receber ajuda humanitária, de acordo com relatos médicos. Entre os mortos estava o chefe do comitê administrativo dirigido pelo Hamas na região central, informou um porta-voz do grupo à agência Reuters.
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As vítimas foram transportadas para hospitais em carroças, carros particulares e a pé. Outro ataque, na Cidade de Gaza, atingiu um abrigo para deslocados e deixou pelo menos sete mortos, incluindo uma mulher e seu bebê. O Exército israelense afirmou que o alvo eram combatentes do Hamas e que tomou medidas para minimizar danos a civis.
Contexto do conflito
A guerra entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro de 2023, após uma ofensiva do grupo terrorista contra o território israelense que matou 1.200 pessoas e levou mais de 250 reféns para Gaza, segundo o governo de Israel. Desde então, Israel iniciou uma ofensiva terrestre, aérea e marítima que, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, já matou mais de 44.000 pessoas, a maioria civis. A ofensiva deixou o enclave devastado e obrigou quase toda a população a se deslocar.
Tentativas de cessar-fogo
As negociações para um cessar-fogo ganharam força nas últimas semanas, com a mediação de Egito, Qatar e Estados Unidos. O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, discutiu no sábado com autoridades americanas os esforços para alcançar uma trégua em Gaza.
Enquanto isso, o Exército de Israel investiga os bombardeios e afirma que suas ações visam neutralizar ameaças e proteger sua população, em meio a uma escalada de tensões e crescentes apelos internacionais por uma solução pacífica.