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Após bombardeios, tropas turcas assumem controle de cidade no nordeste da Síria

Turquia começou a atacar posições curdas no lado sírio da fronteira na quarta-feira (9)

As tropas do governo turco assumiram o controle da cidade de Ras al-Ain, no nordeste da Síria, nesta sábado (12). A fato aconteceu depois de quatro dias de bombardeios e combates contra uma milícia curda.

"Depois de várias operações bem-sucedidas dentro da nossa ofensiva 'Fonte de paz', a cidade de Ras al-Ain, situada ao leste do Eufrates, passou para o nosso controle", declarou o Ministério turco da Defesa em um comunicado.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), pelo menos dez civis morreram nos bombardeios das forças turcas e dos grupos sírios que as apoiam neste sábado. Entre as vítimas, estão quatro civis mortos em um ataque da Força Aérea turca perto da cidade fronteiriça de Ras al-Ain, quando fugiam de carro destes combates.

Na noite de sexta (11), o Pentágono confirmou que militares da Turquia abriram fogo contra soldados dos Estados Unidos em um posto em Kobani, na Síria. Nenhum norte-americano se feriu.

Segundo comunicado, houve uma explosão a menos de 100 metros de um posto localizado do lado de fora da zona de segurança da fronteira entre Síria e Turquia. O Pentágono alega que a Turquia sabe da presença dos militares norte-americanos no local. O governo turco se defendeu, e disse que os EUA não eram o alvo do ataque.

Apesar do anúncio da desmobilização dos militares norte-americanos na região do Curdistão sírio, o Pentágono afirmou que as Forças Armadas dos EUA ainda não saíram de Kobani.

Conflito na região

A Turquia começou a atacar posições curdas no lado sírio da fronteira a partir da quarta-feira (9). O governo do presidente turco Recep Tayyip Erdogan considera terroristas os combatentes curdos - enquanto os EUA financiavam essas milícias porque elas enfrentavam extremistas do Estado Islâmico.

Com a retirada norte-americana, a Turquia viu caminho livre para atacar milícias curdas. Além da morte de civis, críticos alertam que o efeito colateral da retirada será o retorno do Estado Islâmico na região - afinal, os curdos combatiam os extremistas.

Na sexta-feira (11), aviões de guerra e peças de artilharia turcos alvejaram os arredores de Ras al-Ain, uma de duas cidades fronteiriças sírias que são o foco da ofensiva.

Um comboio de 20 veículos blindados transportando rebeldes sírios aliados da Turquia entrou na Síria por Ceylanpinar. Alguns fizeram sinais de vitória, bradando "Allahu akbar" (Deus é grande) e acenando com bandeiras dos rebeldes sírios ao avançarem rumo a Ras al-Ain.

Houve também relatos de explosões de carros bomba em Qamishli, cidade controlada pelos curdos.

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