Imagem
Menu lateral
Imagem
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > MACEIÓ

Solvente, pesticida e fertilizantes causaram morte de peixes na Lagoa Mundaú, revela Ufal

Experimentos também descobriram altos índices de metais pesados na água, a exemplo do mercúrio e manganês

A análise minuciosa da água da Lagoa Mundaú, feita pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), revelou nível alto de contaminação por solventes, pesticidas e fertilizantes. A junção destas substâncias foi a causa da mortandade de pescados, registrada na semana passada e que deixou a população preocupada.

De acordo com o professor e pesquisador Emerson Soares, foram encontradas, nas amostras, furacetamida, que é um pesticida altamente volátil, inodoro e que mata muito rápido os organismos. Também foram percebidos o solvente tolueno e grande volume de nitrogênio, fósforo e potássio, presentes em fertilizantes e agroquímicos. Não se sabe como estas substâncias foram parar na lagoa.

Além desta conclusão, os experimentos descobriram altos índices de metais pesados na água, a exemplo do mercúrio e manganês, alterando o pH [que indica se uma solução é ácida, neutra ou básica].

Morador da região diz que população já vive drama do afundamento do solo e que contaminação afetaria renda

Artigos Relacionados

O pesquisador informou que a presença destes produtos na água não é somente prejudicial à fauna lagunar. O ser humano também pode ser afetado se tiver contato com alguns destes materiais, inclusive proibidos de comercialização pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

“De maneira alguma, a população pode consumir os peixes que foram encontrados mortos. Estas substâncias causam risco à vida do ser humano, podem afetar diretamente o fígado e o sistema nervoso, podendo, inclusive, levar à morte. Estamos diante de um problema grave de saúde pública e de danos severos ao meio ambiente”, destacou Emerson Soares.

O relatório com a conclusão das análises, feitas em três laboratórios diferentes, foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), órgão que abriu investigação para apurar a causa da mortandade dos peixes.