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Manifestantes pró e contra impeachment de Dilma dividem orla de Maceió

Defensores do processo estão confiantes na vitória na Câmara; contrários apontam que não há votos suficientes

A orla de Maceió é palco neste domingo das manifestações dos alagoanos que defendem a saída ou a permanência da presidente Dilma Rousseff (PT) no cargo. Quem defende o processo do impeachment acredita que a saída de Dilma favorece a retomada do crescimento do país, bem como o fim da crise política. Já os manifestantes contrários apontam que o processo que tramita na Câmara não tem base legal e, portanto, trata-se de um golpe. Os pró-impeachment se reúnem em frente ao Alagoinhas; os contrário ao processo se concentram na orla de Pajuçara.

Segundo um dos organizadores do Movimento Brasil, Henrique Arruda, cerca de 3 mil pessoas estão, nesta tarde, no acampamento realizado por eles há semanas, à porta da casa do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB). Porém, Arruda explicou que o número de manifestantes deve aumentar consideravelmente, visto que a todo momento pessoas que defendem a saída de Dilma chegam "sem parar ao local".

"Hoje é um dia que gritaremos aquilo que estava travado em nossa garganta há vários meses: Fora PT. Certamente, será uma grande vitória para o Brasil. Nós do Movimento Brasil contribuímos diretamente para isso. Estamos felizes. Hoje conseguiremos. O povo brasileiro vai vencer", disse Henrique Arruda.

Uma manifestante a favor do impeachment comparou a data de hoje com o Dia da Independência. "Ao final da sessão na Câmara, vamos gritar o Dia da Independência do Brasil mais uma vez. Hoje é um grande dia, um marco que é resultado de uma grande luta. O povo brasileiro vai dar um passo a mais pelo bem deste país, independentes e longe desse governo", expôs Sandra Gomes.

Equipes da Polícia Militar acompanham o ato que, até o momento, é considerado pacífico pelos integrantes da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP). Os manifestantes também confeccionaram cartazes contra os deputados federais de Alagoas que vão votar contra o impeachment na sessão deste domingo, a exemplo de Givaldo Carimbão (PHS), Ronaldo (PDT) e Paulão (PT).

'É golpe?'

Na orla de Pajuçara, o ato reúne diversas entidades sindicais ligadas historicamente ao Partido dos Trabalhadores (PT). Intelectuais, lideranças políticas consideradas de esquerda, comunicadores e ativistas também marcam presença. Na manifestação, eles apontam de forma clara que não há base legal para o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

"Este impeachment não tem sentido. Não podemos engolir isso. Qual é o crime que a nossa presidente cometeu? Falam de crime de responsabilidade, mas isso não existiu. Só melhorou a vida de todo trabalhador, do povo da cidade e do campo. Não vai ter golpe, temos certeza disso", disse a manifestante Tereza Silva.

A coordenadora Nacional do Movimento Sem-Terra e da Frente Popular em Alagoas informou que cerca de 3,5 mil manifestantes a favor de Dilma acompanhavam a sessão da Câmara na orla. "Chegamos às 10h e só sairemos quando terminar tudo. Hoje por aqui já passaram cerca de 6 mil pessoas e esse número deve crescer. Após todo esse processo, esperamos que hoje seja feita a democracia, tudo dentro da legalidade. Que a democracia vença", expôs Débora.

Os manifestantes pró-governo acreditam que o processo não terá o número de votos suficientes para ser aprovado em plenário. "O outro lado, que é a favor do golpe, só pensa neles. Mas quando os governantes deles entraram na presidência, o trabalhador e o pobre não têm vez. O governo do PT me deu uma casa, deu escola para os meus filhos. Os golpistas estão cometendo uma injustiça contra o trabalhador", desabafou Aline dos Santos.

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