Dezenas de manifestantes continuam acampados na Praça Gogó da Ema, na orla de Ponta Verde, em protesto contra o governo de Dilma Rousseff e a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. As famílias só pretendem deixar as barracas após o pedido de impeachment ser encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com Vaneska Oliveira, organizadora voluntária do ato, os manifestantes estão acampados desde o início da 24ª fase da Operação Lava Jato. Segundo ela, as pessoas se revezam durante 24 horas, dedicando o dia inteiro às manifestações que tomam a orla, através de apitaços, panelaços, carros de som e exposição de bonecos e bandeiras.
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"São cerca de oito pessoas que passam a noite nas barracas em um ato que busca chamar a atenção da população para a atual situação brasileira. "Os jovens precisam estar atentos à política, e aqui, estamos tentando chamá-los para conhecer o movimento", informou Vaneska.
Os bonecos e camisas são vendidos para ajudar no custo dos protestos, como locação de carros de som e produção de faixas. "Precisamos mobilizar todos a comprar, não somente pelo custeio dos atos, mas pelo sentimento de indignação com a realidade política nacional. Vamos ficar aqui o tempo que for necessário", reforçou a organizadora.
Todos os dias, às 19h, os organizadores do movimento pedem que a população se reúna na praça, que fica situada em frente ao Alagoinhas, para dar força ao grupo.
AGazetawebacompanhou, nesta quarta (16) e quinta-feira (17),os protestos realizados na orla de Maceió, que contaram com grande número de pessoas na orla. "Estou aqui para acabar com a corrupção. Ficarei até o fim, pois ela [Dilma] tem que renunciar", afirmou a turismóloga, Marciane Ferreira, membro do Movimento 'Vem pra Rua'. Durante o ato, os manifestantes cantaram o hino nacional.