Após denúncia do vereador Fábio Costa, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) autuou e aplicou, nesta sexta-feira (16), duas multas contra a empresa V2 Ambiental por danos ao meio ambiente. A empresa é a responsável por operar a Central de Tratamento de Resíduos, no bairro Cruz das Almas, em Maceió.
No flagrante, o órgão encontrou áreas atingidas pelo despejo de chorume, contaminando o lençol freático e sendo despejado no mar por meio dos canais de esgotamento da cidade.
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Uma das multas é no valor de R$ 100 mil, em virtude do transbordo de chorume no antigo lixão. Já a segunda, no valor de R$ 10 mil, corresponde ao envio irregular de caminhões para o transporte de líquidos.
De acordo com a fiscal ambiental do IMA, Carine Pimentel, os meios de transportes de resíduos estava sem o manifesto de transporte do produto atualizado. "Além da ilegalidade na utilização dos caminhões, o transbordamento da lagoa de chorume estava impactando a biodiversidade do local e foi considerada por nós como uma multa grave."
O vereador e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal, Fábio Costa, afirmou que era necessário averiguar se a empresa, que já havia sido multada em 2019, em virtude do transbordo de chorume no antigo lixão, resolveu o problema ou se os danos ao meio ambiente continuam sendo cometidos.
"A cada ponto que passamos no antigo lixão, percebemos que nada vem sendo feito no local para contenção desse chorume, que contamina o lençol freático e, por consequência, desemboca em nossas praias. O local encontra-se completamento abandonado, os córregos onde chorume deveria passar totalmente obstruídas por entulhos. Assim, água poluída procura outras vias para transitar e assim vai diretamente pelo solo", disse o vereador.
O chorume é o nome dado ao líquido que contém alta carga poluidora, proveniente de matérias orgânicas em putrefação. O antigo lixão de Maceió, em Cruz das Almas, esteve em funcionamento por mais de cinquenta anos e lagoa de chorume que existe no local é resultado da decomposição de lixo ao longo de todo esse tempo.
Segundo Fábio Costa, a falta de monitoramento e o descaso com a região não só contamina o meio ambiente, como traz uma série de riscos para a saúde da população. “A verdade é que desde de 2009, toda essa região sofre com esse imenso abandono. Danos ambientais muito graves e que não podem ser mais tolerados em nossa capital."
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