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“Foi uma fatalidade”, diz tio de menino morto por choque com secador

Objeto tinha sido pego pelo garoto no lixo, às margens da Lagoa Mundaú; primo também foi eletrocutado e está no HGE

Garoto morre por choque elétrico ao manusear secador de cabelo.

Noel Soares, tio do garoto eletrocutado com um secador de cabelo, afirmou à TV Gazeta que a morte do sobrinho foi uma fatalidade. Ele conta que o menino, de 12 anos de idade, encontrou o objeto no lixo, às margens da Lagoa Mundaú, no Vergel do Lago. O caso ocorreu nessa segunda-feira (25). 

Segundo o tio de Briam Paulo Soares, pessoas que presenciaram a situação contaram que tinha acabado de chover quando o adolescente pegou o secador e que ele estava descalço no momento em que manuseou o equipamento. 

“Pelo que entendi, no momento em que ele pegou o secador, ele já caiu. Não esboçou ato de dor e de grito, nada. Só pegou e caiu. Ou seja, ele estava descalço, tinha acabado de chover, pegou o secador, tomou a descarga e caiu. Quando os meninos que estavam perto na rua foram chamar por ele e viram que ele não estava reagindo ao chamado, vieram e chamaram a gente”, diz o tio do menino. 

Ele relata ainda que um primo de Briam, identificado como Bruno, ainda tentou ajudar o o estudante, mas também foi eletrocutado. Bruno está no Hospital Geral do Estado (HGE). 

“Meu sobrinho Bruno pegou no portão e tentou pegar no Briam, mas quando ele pegou no portão e tentou pegar no Briam, ele tomou uma descarga. Ele estava descalço e molhado. Ele ficou paralisado. Meu irmão viu que era um choque, pegou um pedaço de madeira, tirou o Bruno perto do Portão e perto do Briam. Depois ele quebrou o contador de energia da casa. Foi aí que ele socorreu o Bruno”, afirma Noel, tio de Briam. 

Segundo Noel, Briam era um menino obediente. "Estou me segurando para não chorar desde que vi a cena", conta. 

Ele diz ainda que levou o secador para o 3º Distrito Policial para esclarecer a morte do sobrinho e afirma que ele sempre foi bem criado e que nunca foi negligenciado. 

“Já peguei o secador, levei no 3º Distrito, já deixei meu contato para o delegado falar comigo, para esclarecer a situação da morte do Briam. Não foi negligência. Briam é criado pelo meu irmão desde um ano de idade. Ou seja, ele passou 12 anos e esse menino nunca foi negligenciado. Ele morreu por uma fatalidade”, afirma Noel. 

Briam era estudante da Escola Estadual Capitão Álvaro Victor, no Vergel, que está em luto. A diretora da unidade de ensino, Tamiris Tavares, afirma que a instituição tomou algumas medidas para acolher a comunidade escolar. 

“A gente suspendeu as atividades, fez uma reunião para tentar encontrar um caminho de acolhimento psicoemocional desses meninos. E não só dos meninos, porque como foi um abalo geral, o nosso planejamento vai estar em cima também dos funcionários e da família”, afirma Tavares. 

Ela diz que Briam era um menino alegre e querido por todos. "A falta que ele vai fazer na nossa escola não se compara a falta que está no peito dos familiares dele. Mas aqui dentro também a gente perde muita alegria, porque Briam era isso: alegria”, finaliza a diretora.