O laudo realizado pela Polícia Científica sobre a explosão e desabamento de um prédio do Residencial Maceió I, no bairro Cidade Universitária, onde três pessoas morreram no mês de novembro, foi apresentado durante coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (6), no auditório do Instituto de Criminalística (IC) de Maceió. Conforme a perícia, a explosão foi causada por confinamento indevido de botijão e vazamento de gás.
Quatro edifícios tiveram impactos significativos na explosão que derrubou o prédio inteiro. De acordo com o perito Gerard Deokaran, a explosão foi considerada incomum e ocasionada por vazamento de gás de cozinha.
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“A gente constatou que foi uma explosão muito incomum causada por vazamento e confinamento de gás de cozinha. A gente pode dizer que foi um incidente difuso, onde teve uma explosão característica de uma bomba que foi arremessada. Um cenário parecido com cenário de guerra. A gente pode comparar com um avião de guerra ter jogado um explosivo e ter causado aquela destruição em um raio de aproximadamente 155 metros. Causou muitos danos na região e a gente conseguiu ver esses fenômenos atípicos. No início, suspeitamos de materiais explosivos, mas descartamos essa hipótese”, explicou.
O trabalho pericial durou 30 dias e foram necessários 16 exames complementares para produção do laudo final, que confirmaram a hipótese dos peritos no local.
“Graças a essa equipe multidisciplinar, a gente conseguiu chegar a esse nível de resposta. Infelizmente, a pessoa que portava esses gás fazia uso indevido e acabou na morte dessas três pessoas”, disse Gerard.
O ACIDENTE
Pelo menos quatro edifícios tiveram impactos significativos na explosão que derrubou um prédio inteiro, ocorrida na madrugada do dia 7 de novembro, no Residencial Maceió 1, no bairro Cidade Universitária.
O barulho foi percebido a quilômetros de distância. Quem mora na região vizinha ao imóvel atingido relatou momentos de tensão. Eles foram surpreendidos com o estrondo e alguns suspeitavam até que teria ocorrido a queda de uma aeronave.
No acidente, três pessoas morreram e outras três ficaram feridas, segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL). Dentre os mortos, um avô e um neto, de 10 anos, que moravam no térreo.
O conjunto residencial é formado por edifícios com dois pavimentos cada (térreo e primeiro andar).