A diretoria do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal) decidiu, durante reunião na noite dessa segunda-feira (7), pela desinterdição ética de dois blocos do PAM Salgadinho. Estes setores receberam os reparos necessários por parte da Prefeitura de Maceió e os médicos acreditam que já podem voltar a atuar neles. A decisão para liberação deve ser comunicada oficialmente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) somente na tarde desta terça-feira (8).
Segundo o presidente do Cremal, Fernando Pedrosa, foram desinterditados os blocos I e O do PAM Salgadinho. O primeiro é destinado ao acompanhamento de pacientes com HIV/Aids e o segundo é utilizado para o tratamento de fisiatria. Os dois são bastante movimentados no dia a dia e foram classificados como prioridade nas obras de reforma do posto pela prefeitura.
"A interdição dos demais blocos permanece até que a reforma seja feita gradativamente. No caso dos blocos I e O, nossos técnicos realizaram uma fiscalização na tarde de ontem e deram o sinal verde para a desinterdição. Na reunião da diretoria, discutimos o relatório produzido pela equipe e decidimos por liberar o trabalho dos médicos nestes locais", informou Pedrosa àGazetaweb.
O PAM Salgadinho foi interditado eticamente no dia 13 de fevereiro por determinação do Cremal. A decisão foi tomada devido à falta de estrutura em todos os setores da unidade. De acordo com a entidade, apenas com a garantia de melhores condições de trabalho os médicos voltariam a trabalhar no local.
O secretário municipal de Saúde, José Thomaz Nonô, explicou que a reforma do PAM teria como prioridade o reparo do telhado dos três pavimentos (A, B e C) e recuperação de todo sistema elétrico, que estão prejudicados por efeitos do clima e do tempo de uso. Ele explicou que o conjunto de telhas do PAM estava comprometido e abriu brechas para que a água da chuva ficasse empoçada e causasse infiltração no prédio.
Os banheiros também teriam uma atenção nas obras. Nonô informou que nestes espaços pequenos detalhes vão ser modificados. Faltavam pequenos equipamentos na estrutura e eles seriam colocados agora, conforme garantiu o secretário. Segundo o gestor, uma reforma no bloco A arrancou o piso. Na avaliação do secretário, a obra não deveria ter sido feita.
O retorno dos trabalhos no PAM, com a desinterdição de dois blocos, será decidido pela SMS. Os médicos da unidade foram deslocados para outros postos de saúde e alguns já devem voltar agora.