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Vanessa Ingrid é julgada pela morte de jovem na Santa Lúcia

Mãe da vítima diz que não tem dúvida da autoria do crime

O Tribunal de Júri realizado na 7ª Vara Criminal da capital julga, na tarde desta quarta-feira (16), os réus Vanessa Ingrid e Orlando Francisco, apontados como os responsáveis pela morte da jovem Amanda Celeste da Conceição, de 18 anos. O crime aconteceu no dia 8 de novembro de 2011, no bairro de Santa Lúcia, em Maceió. As investigações da Polícia Civil apontam que o crime teria sido realizado a mando de Vanessa por vingança. Para a mãe da vítima, "foi Vanessa quem mandou matar". Amanda morreu porque, segundo os autos, envolveu-se com o namorado da acusada.

Segundo a mãe de Amanda, Josefa Celeste da Conceição, não há dúvidas sobre a culpa do crime. Em depoimento ao tribunal do júri, Josefa revelou que, apesar de ter alertado por diversas vezes que Vanessa não era uma boa companhia, a filha seguiu com a amizade. Ela relatou ainda que a acusada tinha o poder de induzir jovens para entrar no mundo da prostituição.

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Imagem ilustrativa da imagem Vanessa Ingrid é julgada pela morte de jovem na Santa Lúcia
| Foto: FOTO: Ascom/Divulgação

"Minha filha recebeu a mensagem de Vanessa no dia do crime e saiu de casa logo depois. Quando deu 20h, recebi a informação da morte. Elas não eram grandes amigas, mas Vanessa frequentou muito a minha casa. Sempre aconselhava minha filha para largar essa amizade porque coração de mãe não erra. Pessoas relataram que, de fato, foi Vanessa a responsável pela morte", contou a mãe da vítima.

Ainda segundo Josefa, Amanda estava com Orlando, Vanessa e outra menina, além do taxista. "Quando minha filha percebeu que havia algo estranho no carro, pediu pra pegar um documento em casa. Mas Orlando disse que para onde ela iria não precisava de documento. Só quero que se faça Justiça. Que os dois paguem pelo crime que cometeram", cobrou a mãe durante o depoimento.

Os autos levados ao tribunal apontam que Orlando  teria recebido R$ 1 mil e uma máquina fotográfica para cometer o crime. Este julgamento não tem nada a ver com a morte de Franciellen Araújo Rocha, em fevereiro de 2013, no bairro da  Serraria. Ambos os crimes teriam sido motivados por vingança, já que as vitimas teriam se envolvido com o namorado de Vanessa, Genílson dos Santos.

Sobre o caso de Amanda, a defesa, comandada pelo advogado criminalista Raimundo Palmeira, trabalha com a tese de negativa de autoria. Segundo Palmeira, o inquérito permaneceu parado durante muito tempo até que apareceu outro crime e ele foi reativado. Assim, testemunhas começaram a surgir, mas todos os elementos, segundo Palmeira, são apenas indícios.

"Minha cliente tem uma história de vida um pouco triste, fugiu de casa aos 14 anos, enfrentou muitos desafios na vida. Ela tem a personalidade fragilizada e acabou sendo estigmatizada com o surgimento de outro crime. Não tem nada a ver. Não há de fato nada que a ligue a esse crime", disse Raimundo. O advogado ainda destacou que "na falta de provas para a condenação, deve-se absolver o réu". "O outro crime não pode acarretar a condenação de Vanessa. Receio que o estigma acabe pesando na decisão dos jurados, mas acredito, ao mesmo tempo, que o corpo de jurados tem a sabedoria de ir além dos autos", reforçou Palmeira.

"Não matei"

Em depoimento ao tribunal, Vanessa disse que trabalhou como garota de programa por falta de oportunidades na vida. A acusada declarou ainda que, apesar das declarações de testemunhas e das informações contidas nos autos, nada pode ser aprovada contra ela. "Nada é verdadeiro no crime. Não sei quem são os responsáveis. Quem me apontou como autora foi Carla Daniele", disse. Já sobre o crime de Francielle, ela confirmou ter participação em algumas ações.

"Particularmente, fiquei abalada com a noticia da morte dela. Todos que disseram que eu mandei matar, mentiram. Não fui eu que a matei. Não tenho nada a ver com essa situação", negou. A mãe de Amanda declarou também que ela se vangloriou pela morte da vitima, mas Vanessa negou.

Segundo o promotor Flávio Gomes, responsável pela acusação do caso, verifica-se que a história de Vanessa remete a uma série de crimes realizados na cidade de Maceió. "Queremos trabalhar para a condenação da acusada. A impunidade acaba hoje. O Ministério Público de Alagoas trabalha nesse sentido", frisou o promotor.  

A segunda testemunha a ser ouvida na tarde desta quarta-feira foi Nayara da Silva, que está presa por envolvimento na morte de Franciellen. Ela afirmou que não falaria nada e vai ser julgada pelo crime de falso testemunho por não ter contribuído com a Justiça. A pena pode ser de 2 a 4 anos.  

Ela contou que fazia programa junto com Vanessa, mas disse não saber nada a respeito da morte de Amanda. Contou somente que não queria falar nada acerca do caso, porém confirmou o depoimento gravado no qual consta a informação de que Vanessa estaria incomodada com o relacionamento da vítima com Genilson. Disse também que a ré mandou matar Bárbara Regina, que fazia parte do PCC e que era ligada ao tráfico de drogas.

Ao final do depoimento, Nayara disse que estava com medo de Vanessa e que já havia procurado a administração do Sistema Prisional. 

Outro réu

Imagem ilustrativa da imagem Vanessa Ingrid é julgada pela morte de jovem na Santa Lúcia
| Foto: FOTO: Jobison Barros

Questionado sobre a filmadora e a quantia de R$ 1 mil, Orlando, que também segue preso, disse que Vanessa era apaixonada por Genilson e que, por ele, seria capa de matar ou morrer. "Não andei em táxi algum. As testemunhas estão mentindo. É muito fácil acusar quem já está preso. Há alguém por trás disso", insinuou o réu, antes de o juiz Heriston Costa suspender os trabalhos para breve recesso.

Imagem ilustrativa da imagem Vanessa Ingrid é julgada pela morte de jovem na Santa Lúcia
| Foto: FOTO: Jobison Barros

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