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Pleno do TJ afasta prefeito de Japaratinga por improbidade administrativa

Por unanimidade, desembargadores também votaram pela indisponibilidade dos bens do gestor

O Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) restabeleceu, por unanimidade, na tarde desta terça-feira (15), decisão de 1º grau determinando o afastamento por 140 dias do prefeito de Japaratinga,Newberto Ronald Lima das Neves, além da indisponibilidade de seus bens. O gestor é acusado de improbidade administrativa. 

Newberto já havia sido afastado após pedido do Ministério Público Estadual (MPE). No momento, ele estava no exercício do cargo por decisão da Presidência da Corte. O MP apurou supostas irregularidades na locação de veículos e na admissão e remuneração de agentes políticos e servidores do Município. 

Conforme a denúncia, o contrato com uma empresa de transporte estava sendo executado de forma irregular, pois, previa que a empresa deveria fornecer o combustível e os motoristas, sendo que a própria Prefeitura pagou o combustível e usou servidores para dirigir os veículos.

O afastamento ocorreu em outubro passado, por liminar do juiz Odilon Marques Luz, da Comarca de Maragogi. Em recurso, a decisão foi mantida pelo desembargador Pedro Augusto Mendonça. A Presidência do Tribunal, na ocasião exercida pela desembargadora Elisabeth Carvalho, no plantão de carnaval, suspendeu o afastamento em 9 de fevereiro. 

Por sua vez, na sessão do Pleno desta terça, os desembargadores decidiram pelo afastamento do prefeito, mantendo a decisão de 1º grau. Em seu voto, o desembargador Fábio Bittencourt destacou que a permanência do agravado no cargo tem o "condão de causar lesão à ordem e à economia pública". "A manutenção do prefeito no cargo evidencia o risco de que este cause empecilhos à investigação processual", disse o desembargador. 

O prazo de afastamento permanece por 140 dias, mas este tempo será descontado, levando em conta o período em que Newberto Ronald passou afastado. Com a decisão, a vice-prefeita da cidade assume o cargo após ser empossada em sessão na Câmara de Vereadores. 

O Pleno também determinou a indisponibilidade de bens do chefe do Executivo, no valor de R$ 2.417.243,20, que foi mantida em todas as decisões anteriores.

O presidente da Corte e relator do processo, Washington Luiz, já havia votado pelo afastamento. "Eu concluo meu voto no sentido de dar provimento por entender que a legislação faculta este afastamento, que ainda estava no prazo de 180 dias". 

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