Entrevistado na Rádio 98 FM Gazeta, na manhã desta segunda-feira (16), o novo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Fernando Tourinho, afirmou que pautará a gestão no diálogo interno e externo e buscará melhorias para os serviços que o Poder Judiciário presta à sociedade alagoana, o que incluiria a realização de concurso público para servidores.
Segundo ele, é fundamental manter o canal aberto com os servidores e com a população para garantir a operações do Direito preservadas. E uma das ferramentas que pretende ampliar é o serviço que abre as portas do Tribunal para a sociedade apresentar contribuições, sejam elas críticas, elogios ou sugestões para aperfeiçoamento das ações.
Tourinho aponta a morosidade como um dos grandes entraves do Judiciário junto à opinião pública. E, como solução para evitar a demora no julgamento dos processos, aponta a necessidade para a mudança de uma cultura antiga, no Brasil, de que tudo se deve judicializar.
“Temos que desmistificar este pensamento. Tomei conhecimento de que há quase 500 mil processos tramitando na Justiça Estadual e a conciliação e mediação é uma das alternativas. O acordo pode não ser ideal, mas é a melhor opção para a pessoa em vez de judicializar a demanda e ter que aguardar até dez anos para a tramitação, o que não é razoável”, compreende o presidente.
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Quanto aos concursos, ele colocou como condicionante para a realização a avaliação de como ficará o duodécimo do Poder no próximo biênio e a necessidade de cada área. Tourinho informou que pretende fazer um estudo específico para verificar os setores que precisam de melhorias e as carreiras que têm defasagem de pessoal. Além disso, quer investir na qualificação da gestão, com capacitação para servidores e magistrados, visando à excelência no serviço prestado.
Um dos apoios que pretende dar é aumentar o investimento na Escola de Magistratura, cuja diretora responsável é a desembargadora Elisabeth Carvalho do Nascimento. O novo presidente revelou que pretende ser o padrinho da escola e buscar oferecer mais opções de cursos para melhor qualificar o funcionalismo.
Ele ainda citou que vai colocar em prática a intenção de se criar mais uma unidade da Casa da Mulher Alagoana, demanda que, inclusive, já foi encaminhada à Assembleia Legislativa para avaliação dos deputados. Assim que o projeto for aprovado, o presidente confirmou que pretende organizar o espaço atual e dar início às tratativas para modelação do novo equipamento, que é responsável pelo acolhimento eficiente de mulheres vítimas de violência doméstica.