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Madrasta que jogou enteado do 4° andar de prédio em Maceió vira ré por tentativa de homicídio

Adriana Ferreira da Silva, que está presa preventivamente desde o último dia 24 de maio, confessou o crime

A Justiça aceitou, nesta quinta-feira (9), a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL) contra Adriana Ferreira da Silva, que confessou ter jogado o enteado de seis anos de idade do quarto andar de um prédio, no bairro Benedito Bentes, em Maceió, no último dia 23 de maio.

Com isso, Adriana Ferreira se torna ré por tentativa de homicídio. Ela está presa preventivamente desde o último dia 24 de maio. A ré tem 10 dias para apresentar resposta à acusação.

O juiz Ygor Figueirêdo, da 14ª Vara Criminal da Capital, que aceitou a denúncia, determinou ainda, após pedido do MP/AL, que a vítima seja ouvida por meio de depoimento especial e o mesmo sirva como forma de antecipação probatória.

O depoimento deve acontecer na sede da Vara. A medida se dá, em resumo, para que o depoimento da vítima seja dado apenas uma vez e, assim, evite que ela reconte e relembre a história várias vezes.

Outro pedido do MP/AL, mas que foi negado pelo juiz, era de que fosse determinada a proibição da ré se aproximar da vítima. Contudo, o magistrado avaliou que Adriana Ferreira está em prisão preventiva e, portanto, não oferece risco concreto à integridade física e psicológica da vítima.

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A DENÚNCIA DO MP

De acordo com a denúncia do MP/AL, assinada pelo promotor de Justiça Lucas Sachsida, no dia 23 de maio deste ano, por volta das 00h30, no Conjunto Vale Bentes, bloco 08, Apt. 402, no bairro do Benedito Bentes, a agora ré Adriana Ferreira da Silva tentou matar M. A. dos S. S., de 6 anos de idade. De acordo com a denúncia, o crime foi cometido mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima e somente não foi consumado por circunstâncias alheias à vontade de Adriana.

O promotor narrou que, no dia dos fatos, policiais militares estavam em ronda de rotina, quando receberam a informação de que havia ocorrido uma tentativa de homicídio. Ao chegar no local, não encontraram a acusada, no entanto, esta se apresentou espontaneamente e foi encaminhada à Delegacia de Polícia.

A DINÂMICA DO CRIME

Em depoimento, conforme consta na denúncia, o companheiro de Adriana e pai da vítima, identificado como José Marcos Nascimento dos Santos, contou que, no dia dos fatos, ele e Adriana começaram a ingerir bebida alcoólica por volta das 15h e que, após tomarem "três litrões de cerveja", Adriana lhe chamou para o Parque no Conjunto Caetés, com a vítima.

Ele continuou dizendo que, por volta das 22h30min, foram embora para casa e, ao chegar no imóvel, chamou Adriana para comer acarajé nas proximidades, porém havia acabado. “Nesse momento, afirma que uma amiga da denunciada, cujo nome não sabe informar, chamou sua companheira para ficar bebendo, junto com dois casais. Logo em seguida, sua companheira lhe chamou para ficar com aquela turma e tomar duas cervejas, no entanto, como iria trabalhar cedo e fazer exames com a vítima no dia seguinte, chamou a denunciada para casa”, cita trecho da denúncia.

José Marcos relatou que Adriana não quis ir, e então, ele subiu com a vítima para casa, deu banho e o colocou para deitar. Ele então disse que tomou banho e ficou esperando Adriana. Segundo ele, a mulher não retornou, e foi quando ele desceu a sua procura, porém ficou de longe olhando.

“Nesse momento, avistou a denunciada se insinuando para um dos rapazes, pois estava bem próxima dele. Devido a isso, a namorada do rapaz percebeu e entrou em luta corporal com a denunciada. Conta que ao avistar ele chegando, uma das mulheres disse: "essa mulher é de corno", quando ele então repetiu a frase "é mulher de corno mesmo". Logo em seguida, afirma que sua companheira disse "você está defendendo ela?" e partiu para cima dele, cravando as unhas no pescoço do declarante e arranhando seu pescoço. Logo após, empurrou a denunciada para se livrar das lesões e saiu do local para ir para casa por um corredor, enquanto a denunciada foi pelo outro”, detalha a denúncia.

José Marcos disse que, durante o caminho até o apartamento, ouviu Adriana dizendo "ele vai morrer agora", no momento em que ela danificou sua motocicleta que estava na frente do prédio. Logo em seguida, ele disse que ouviu quando seu enteado, filho de Adriana, gritou com desespero: "mãe, faz isso não", seguido de um barulho de algo caindo.

Ele contou que, nesse momento, pensou que ela havia jogado suas roupas pela janela, no entanto, ao chegar no apartamento, não encontrou seu filho de seis anos. Ao olhar pela janela, ele viu os vizinhos gritando e visualizou a vítima no chão, em choque, com o rosto sangrando. Por fim, com a ajuda dos vizinhos, ele conseguiu levar seu filho até a UPA.

O homem disse que seu filho não corre perigo de vida e talvez se submeta à cirurgia. Por fim, ele narrou que Adriana teria jogado o menino por raiva, pois ele defendeu a outra mulher na confusão com sua companheira.

Já Adriana, em seu interrogatório, confessou o crime e disse que jogou seu enteado pela janela, pois seu companheiro havia ameaçado matar seu filho. Além disso, ela contou que José Marcos lhe deu um soco no olho, quando ela teve a ideia de pegar o enteado, com 6 anos de idade, e jogar da janela.

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