O réu Kallyl Gomes Lopes Lins, que é acusado de matar a tiros Sérgio Humberto Vieira de Pontes Júnior, no bairro Pajuçara, em Maceió, no ano de 2022, foi condenado pela Justiça a cumprir 13 anos e 3 meses de prisão. O julgamento foi conduzido pelo juiz Yulli Roter, na quinta-feira (1º), no Fórum da Capital.
Os autos do processo apontam que o réu ingeriu bebidas alcoólicas e utilizou drogas em uma festa que ocorria na residência de Everton Cleyton Gomes Reis. Foi então que, de acordo com a esposa da vítima, Sérgio teria recebido uma ligação do acusado, dizendo que estava sendo ameaçado e pedindo que ele fosse até a festa.
"No momento que Sérgio entrou na casa onde a festa estava ocorrendo, Kallyl o atingiu com disparos de arma de fogo. O réu tentou fugir do local e invadiu a residência da vítima Rodrigo Maia Regis, rendendo-o na frente da esposa e mantendo-o em cárcere privado durante toda a madrugada", informou o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).
Kallyl só se entregou à polícia às 7h20, após negociações com o centro de gerenciamento de crises da Polícia Militar. O réu utilizou duas armas de fogo, que estavam na residência de Everton. A PM ainda apreendeu cocaína, maconha e 17 comprimidos de Ruphynol da mesma residência.
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No julgamento, o juiz apontou a premeditação com a qual o réu cometeu o crime, visto que as provas nos autos indicam que a vítima foi convidada por Kallyl para comparecer à festa. “Para tanto, escolheu o momento para execução, o local em que este ocorreu e o instrumento para a sua efetivação; ou seja, houve pleno domínio da situação."
Roter ressaltou que o depoimento da vítima Rodrigo Maia, que indica a existência de sequelas por ter sido mantido em cárcere privado. “Para a vítima, mostrou-se como traumático o tempo em que permaneceu sob o controle do réu, o fato do crime ter sido praticado em sua residência e as condições em que foi mantido privado da sua liberdade", disse.
Kallyl Gomes foi condenado por homicídio qualificado, pelo uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e cárcere privado. Ele não poderá apelar da pena em liberdade. Já Everton Cleyton responde pelo crime de homicídio, porém em outro processo.
*com informações da assessoria.
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