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Juiz decreta prisão de dentista que liderava tráfico em AL e 4 estados

Investigação aponta que o grupo movimentou R$ 7,5 milhões nos últimos anos, lavando dinheiro com a compra e venda de gado

A Justiça de Alagoas manteve a prisão do dentista que foi alvo da operação Escobar, deflagrada nessa quinta-feira (23), pela Polícia Civil de Alagoas, para combater os crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele passou por audiência de custódia nesta sexta (24). Também foram mantidas as prisões de outros seis investigados.

Segundo a polícia, a compra e venda de gado para uma fazenda, no Povoado Novo Horizonte, em Ibateguara, na Zona da Mata de Alagoas, foi a forma encontrada pelo líder da quadrilha de tráfico de drogas - preso nessa quinta (23) - para lavar o dinheiro do crime. A investigação aponta que o grupo movimentou R$ 7,5 milhões nos últimos anos.

De acordo com a investigação, o homem apontado como líder da quadrilha, um dentista de 37 anos, alegava que comprava e vendia gados em grande quantidade para poder fundamentar seus gastos e avanços patrimoniais.

A polícia apura ainda outras possíveis formas de lavagem de dinheiro usadas pelo grupo. Dois apartamentos na Jatiúca, que pertencem ao dentista, foram sequestrados pela Justiça.

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A Operação Escobar desarticulou a organização criminosa que atuava em Alagoas, Paraíba, São Paulo e Minas Gerais. No total, a operação resultou na prisão de sete pessoas, sendo cinco delas em Alagoas, uma em São Paulo e uma em Minas Gerais - esses dois últimos que seriam os fornecedores dos entorpecentes - em especial cocaína.

"O líder dessa organização já havia sido preso em 2014, pelo crime de tráfico e associação para o tráfico de drogas. Ele ficou preso até 2018, e ao sair do sistema prisional continuou praticando o crime de tráfico de drogas e se organizou para ser o grande mentor do grupo, onde os traficantes entravam em contato com ele e faziam a ponte com traficantes de Minas Gerais e São Paulo, que encaminhavam a droga para Alagoas, onde era distribuída em Maceió, Boca da Mata, Rio Largo, Barra de São Miguel, Ibateguara e Palmeira dos Índios”, destacou o delegado Igor Diego, da Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC).

Conforme a Polícia Civil, não é possível dizer a quantidade de drogas que entrou em Alagoas nesse período - vinda de São Paulo e Minas Gerais. “Todo o material apreendido em Alagoas, em São Paulo e em Minas Gerais será coletado e analisado por especialistas. A gente espera que venham novas fases da operação a partir dessas informações”, disse o delegado Sidney Tenório.

Uma pessoa que seria alvo de um mandado de prisão não foi localizada e é considerada foragida.