O ex-gerente da casa de shows Maikai, Marcelo Carnaúba, preso pela morte do empresário e dono do estabelecimento Guilherme Brandão, moveu uma ação trabalhista contra a empresa, solicitando que dívidas contraídas de empréstimos sejam assumidas pelo grupo. Apesar da ação, o gerente não compareceu à audiência de instrução no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na manhã desta sexta-feira (1º), porque teria se recusado a usar a farda do sistema prisional.
A reportagem conversou com o advogado de Marcelo, Alessandro Medeiros, que não quis detalhar a ação, até porque o assunto corre em segredo de Justiça. Porém, adiantou que seu cliente contraiu dívidas após pegar empréstimos a favor do Maikai. "São débitos que não foram quitados e estão no nome de meu cliente. Além disso, buscamos a devolução da carteira de trabalho dele, bem como um notebook", disse o advogado.
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A juíza responsável pela audiência de instrução, Adriana Oliveira, da 8ª Vara, também informou não poderia dizer nada a respeito do caso. O advogado do Maikai, Carlo André, informou à imprensa que também não pode falar nada por enquanto. Não se sabe, ao certo, se a audiência de instrução será remarcada.
A audiência estava prevista para as 10h, mas Marcelo - réu confesso - não compareceu à sede do Tribunal, porque teria se recusado a vestir a farda característica do sistema prisional, segundo informações extraoficiais.
Entenda o caso
O empresário Guilherme Paes Brandão, de 39 anos, foi assassinado no dia 26 de fevereiro de 2014, dentro da casa de shows Maikai.Dois dias após o crime, o gerente financeiro do estabelecimento, Marcelo Carnaúba, confessou a autoria do crime e foi preso pela equipe da Delegacia de Homicídios. Ele disse que comprou a arma utilizada no assassinato no bairro do Tabuleiro do Martins e atirou em Guilherme após uma discussão.