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Prefeita eleita de Ouro Branco encontra município em situação de emergência

Falta material de limpeza e até cadeira na sede da Prefeitura; coleta de lixo foi interrompida

A cidade de Ouro Branco, no Sertão alagoano, vive um momento dramático. Não bastasse o curto espaço de tempo para a transição de governo, em virtude do adiamento das eleições municipais, a prefeita eleita Denyse Siqueira (PSB) se deparou com uma série de problemas de ordem administrativa, situação que tem inviabilizado a continuidade de serviços considerados essenciais, a exemplo da coleta de lixo, interrompida devido à ausência de funcionários contratados para a atividade.

Some-se a isso a falta de acesso às informações contábeis e financeiras do Município, solicitadas durante o período de transição, a fim de que a nova gestão pudesse analisar eventuais contratos administrativos ainda vigentes.

Para se ter uma ideia, nem a sede do Executivo escapou de tamanha negligência. Isso porque o prédio da Prefeitura, situado na Rua Coronel Lucena, encontra-se totalmente desaparelhado. Faltam cadeiras, aparelhos de ar condicionado, impressora e, até, papel. Também não há guarda ou vigilante, bem como acesso à internet. Hoje, a Prefeitura conta com apenas um funcionário de serviços gerais, que não dispõe, sequer, de vassoura e, até, pano de chão, dada a falta de material de limpeza.

Já os poucos computadores encontrados na sede da Prefeitura foram formatados, razão pela qual a equipe da prefeita Denyse Siqueira não conseguiu acesso a documentos primordiais, o que acaba por comprometer a execução de atividades basilares da administração pública.

O Município também não tem ambulância ou carro oficial, tendo de se socorrer à cidade vizinha, confirmando, assim, a situação de calamidade pública. E tudo isso em meio a uma pandemia que já vitimou quase 200 mil pessoas em todo o país.

"Encontrei a Prefeitura em um estado deplorável, financeira e administrativamente. As contas bancárias estão zeradas. Não há a menor possibilidade de continuação do serviço público. Até o fornecimento de luz está em vias de suspensão por falta de pagamento. Isso porque herdamos um débito de mais de duzentos mil reais somente de energia elétrica. É por tudo isso que vamos precisar trabalhar muito para tirar Ouro Branco dessa situação", afirma a prefeita Denyse Siqueira, acrescentando que sua equipe está concluindo um relatório a ser encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público de Contas (MPC) e Tribunal de Contas de Alagoas (TCE/AL).

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