Polícia Científica faz reprodução de morte de criança no interior
Laudo pericial deve ser finalizado em 30 dias; o caso aconteceu em 2021
Polícia Científica

A Polícia Científica de Alagoas realizou a reprodução simulada da morte suspeita de uma criança de 10 anos, no sítio Impueira, localizado no município de Quebrangulo, interior de Alagoas, em 2021. A ação foi realizada após pedido do Ministério Público Estadual e do 69º Distrito Policial.
No local, os peritos percorreram a área do fato e reconstituíram o caso com base nas versões, afim de identificaram os pontos de interesse pericial, materializando o fato conforme exposição dos intimados.
À época, quando a Polícia Militar foi acionada, por volta das 8h daquele dia, foi constatado um possível suicídio. "Familiares da vítima, um menino de apenas 10 anos, informaram que sentiram a falta do menino, e a mãe, após uma breve procura no terreno do sítio, encontrou o filho enforcado em um galpão onde funciona a vacaria do sítio", informou a Polícia Científica.
Além disso, familiares disseram que retiraram a vítima do local e tentaram fazer uma reanimação, mas não obtiveram êxito. Em seguida, um vizinho acompanhado pela mãe levou a criança para a casa sede do sítio, que fica há uns 27 metros do galpão, onde a vítima foi levada para um dos quartos, descaracterizando a cena.
No dia do fato, o perito criminal Carlos Robério realizou os levantamentos nos dois locais que subsidiaram o primeiro laudo.
Ainda que sendo um suposto suicídio, juridicamente, se faz necessário a instauração do inquérito policial. Mas, como durante as investigações surgiram dúvidas, principalmente em relação ao material usado pela criança para o enforcamento, o Ministério Público solicitou do delegado Oldemburgo Paranhos, presidente do inquérito, a reprodução simulada do caso..
“A principal suspeita foi em relação as cordas encontradas no local, para avaliar se esse tipo de material daria eficácia para que a criança conseguisse utilizar para auto-eliminação por asfixia mecânica. Além disso, a reprodução simulada, serviu para dirimir dúvidas e esclarecer o fato”, explicou o perito.
As versões do fato foram verificadas pelos peritos e serão analisadas para as devidas fundamentações técnicas e esclarecimentos. "Os materiais coletados na primeira perícia estão custodiados no Instituto de Criminalística de Alagoas e os peritos criminais designados elaborarão o laudo pericial pertinente, cuja a entrega está prevista para trinta dias, salvo necessidade de prorrogação de prazo para novas diligencias periciais", concluiu.
*com informações da assessoria.