O ônibus que fazia a linha Mata Grande, Sertão de Alagoas, - São Paulo e caiu de uma ponte na BR-381, em João Monlevade, no interior de Minas Gerais, não tinha autorização para fazer o transporte de passageiros. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que o ônibus já havia sido autuado três vezes, em 2019, por transporte irregular de passageiros.
"A empresa está cadastrada na ANTT e tem um Termo de Autorização para prestação de serviço regular concedido pela Justiça, por liminar. No entanto, o veículo em questão não estava habilitado para prestar o serviço de transporte de passageiros", informou a ANTT.
O acidente da tarde desta sexta-feira (4) deixou 15 mortos e outros 24 feridos, sendo três em estado grave, que estão sendo levados para o Hospital Margarida, na cidade de João Monlevade. A Prefeitura de Mata Grande decretou luto oficial por três dias.
Ao G1, o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) afirmou que, por se tratar de uma viagem interestadual, a responsabilidade de fiscalização é da ANTT.
O ônibus da Localima Turismo, empresa com sede no Povoado Santa Cruz, em Mata Grande, caiu no km 350 da BR-381, em um trecho conhecido como "Ponte Torta", perto da entrada para Dom Silvério. Ainda não se sabe o que causou o acidente, mas, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a suspeita é de que o veículo tenha perdido o freio.
O motorista pulou do ônibus e fugiu, segundo relatos de testemunhas aos policiais. Até as 18h15, ele ainda não havia sido encontrado e a PRF não havia confirmado a origem e o destino da viagem.
O ônibus realizava o percurso Mata Grande - São Paulo pelo menos duas vezes por semana, segundo a assessoria da Prefeitura de Mata Grande.
Além dos Bombeiros, ambulâncias da prefeitura e do Serviço Voluntário de Resgate também foram acionadas.
Em consulta nos sistemas do Departamento de Trânsito de Alagoas (Detran/AL), o veículo estava com impostos em dia, mas possui uma multa por excesso de velocidade na BR-381, a mesma do acidente.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que a perícia foi acionada para investigar a ocorrência e levar os corpos para o Instituto Médico Legal André Roquette, em Belo Horizonte, e o Posto Médico Legal de João Monlevade.
*Com informações do G1 Minas Gerais