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São José da Laje vacina professor por ano de atuação

Docentes e servidores que atendem crianças do 3º ao 9º ano do fundamental e da região do campo já foram imunizados na cidade

Com as 99.750 doses da vacina AstraZeneca enviadas a Alagoas pelo Ministério da Saúde (MS), Alagoas divulgou a vacinação contra a Covid-19 para profissionais da educação básica a partir de 55 anos de idade. Contudo, municípios como São José da Lage, no interior do Estado, já imunizam seus professores e servidores.

Na cidade, a cerca de 100 quilômetros de Maceió, a vacinação é por ano em que o professor atua. Segundo a secretária de educação, Glaudes Souza, docentes e servidores que atendem crianças do 3º ao 9º ano do fundamental e da região do campo já foram imunizados, independentemente da idade. “Quando vacinamos todos de cada grupo de idosos, o que sobra passa para a educação”, explicou.

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Situação em São Paulo

Para este mês, São Paulo anunciou a vacinação de metroviários, ferroviários, motoristas de ônibus e cobradores. Todas essas categorias, assim como a dos profissionais da saúde e da segurança, não tiveram recorte de idade, como ocorreu com os professores. Ainda serão imunizadas pessoas com síndrome de down, pacientes renais em diálise e transplantados imunossuprimidos.

Segundo estimativas oficiais, há cerca de 286 mil profissionais da educação no Estado nas redes pública e privada entre 40 e 46 anos, por exemplo. Eles representam 32% do total de cerca de 875 mil. Se a vacina fosse dada para esse grupo, somado ao atual, mais de 70% dos trabalhadores das escolas estariam imunizados.

Sindicatos dos professores em todo o País têm pedido a vacinação de todos os profissionais para aceitar a volta às aulas presenciais. Em São Paulo, que tem o maior número de docentes, seriam necessárias cerca de 1,8 milhão de doses (duas para cada um dos 875 mil) para atender todos.

Como o Estadão revelou, professores de escolas particulares de elite se organizaram para não voltar no mês passado, quando o retorno foi autorizado pelo Estado. Uma das reivindicações também era a vacina para todos. Segundo o sindicato da categoria, apenas 30% na rede privada tem acima de 47 anos e, em geral, são coordenadores e diretores. “Aqueles que mais precisariam ser chamados ficaram de fora da vacinação inicial”, diz o presidente do Sinpro, Luiz Antonio Barbagli.

Carolina Marques, de 38 anos, dá aulas no 4º ano de uma escola municipal de Jundiaí, interior de São Paulo, e está trabalhando presencialmente, apesar de dizer que tem muito medo. Seu pai e sua tia morreram este mês, vítimas da covid. Sua mãe e irmão também foram infectados. Ela se diz “revoltada” com a demora do governo para acelerar a vacinação.

“Não sei como vou reagir ao vírus. Uma vez que a educação é essencial, a segurança do professor e dos alunos tem de estar em primeiro lugar”, diz. Ela conta que voltou à sala de aula porque muitas das crianças são vulneráveis, ficam na rua e têm pouca ajuda dos pais. “Não tenho condição de mensurar o quanto vai afetar no futuro delas esse tempo que ficaram sem escola.”

Regiane de Paula afirma que há “total rigor com o planejamento” da campanha de imunização para covid-19 e por isso “aqui em São Paulo não há falta de 2ª dose como temos visto em outros Estados”. “Garantir o esquema vacinal completo é essencial, tanto quanto incluir novos grupos”, afirmou.

Como mostrou o Estadão esta semana, ao menos nove capitais do País estão com a aplicação da 2ª dose da Coronavac atrasada. As cidades dizem ter seguido a orientação do Ministério da Saúde e usado todo o estoque como 1ª dose, sem deixar reserva para a aplicação da 2ª.

Salvador, Recife e Espírito Santo preveem concluir imunização este mês

Em Salvador, nem a vacina para todos garantiu ainda a volta às aulas presenciais. A cidade deve imunizar esta semana os cerca de 15 mil profissionais de educação de todas as idades, da rede pública e particular. Na segunda-feira, 3, quem tinha mais de 40 anos já havia recebido a vacina, mas depois de 1 ano e 2 meses de escolas fechadas na cidade só 10% dos professores voltaram para o presencial.

O sindicato baiano pede ainda que os profissionais tomem a 2ª dose da vacina da Astrazeneca/Oxford, que seria daqui a cerca de três meses, para retornar. “Está sendo uma tragédia, mas não vamos desistir, vamos continuar com as escolas abertas”, disse o secretário de Educação da cidade, Marcelo Oliveira.

No Recife, o secretário de Educação, Fred Amâncio, também garante que a vacinação de profissionais da educação, de todas as idades, será finalizada em maio - são 27 mil professores e outros trabalhadores. Segundo ele, as aulas devem voltar nos próximos dias nas escolas municipais. “Mas não colocamos como condição para o retorno a vacinação. Acabou sendo uma coincidência porque encerramos a imunização do grupo até 60 anos e o próximo era o da educação." Nesta semana, Recife vacina profissionais de educação com 40 anos ou mais e pessoas com comorbidades.

Especialistas defendem o retorno presencial independentemente da vacina para professores pelos prejuízos às crianças e por que pesquisas internacionais têm mostrado que a escola é um espaço seguro se forem cumpridos os protocolos. Outros países, como Chile, Argentina, França, Itália, Alemanha, Vietnã, Rússia e China também vacinaram professores, algo pedido até pela Unesco numa tentativa de ajudar a volta presencial pelos riscos para a educação no mundo. Segundo estudo da entidade, 25% professores no mundo todo foram priorizados na primeira fase para tomar a vacina em seus países.

“Não deve ser pré-requisito para a volta, mas traz mais tranquilidade”, diz o secretário de Educação do Espírito Santo, Vitor de Angelo. No Estado, a vacinação de professores está na etapa de 50 a 59 anos, mas na semana que vem já passa para 40 a 49 anos, em seguida 30 a 39 anos e 18 a 29 anos. A expectativa também é a de vacinar todas as idades este mês.

O Espírito Santo está usando a reserva técnica de vacinas enviada pelo Ministério da Saúde, que corresponde a 5% do total, para imunizar professores da educação básica. São 42 mil no Estado. Só depois serão vacinados os outros trabalhadores das escolas e também das universidades.

“Numa situação em que os recursos não fossem escassos, não haveria essa disputa. Mas temos de definir critérios para hierarquizar as prioridades e aí passamos a tratar a vacina não como direito e, sim, como justiça”, diz Angelo, que é também presidente do conselho de secretários de Educação no País. “Infelizmente, é a contingência do momento.”

Em São Luís, no Maranhão, já estão sendo vacinados profissionais com 40 anos. Na maioria das cidades do Estado, a idade está ainda em 55 anos. Mas, segundo a secretaria da educação, há municípios como Bacabal, que já passou a imunizar com 30 anos, e Caxias, que atende todas as idades. Mais de 45 mil profissionais de educação foram vacinados no Maranhão; as aulas presenciais não voltaram na rede estadual ainda.

Paraná

Na cidade de Cascavel, Paraná, a imunização de trabalhadores de educação começou nas regiões com mais transmissão de covid. A vacina é dada por escola, para todos. Só os funcionários que optaram por voltar presencialmente recebem recebem a imunização.

A epidemiologista Carla Domingues, que foi coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, de 2011 a 2019, afirma que a falta de organização federal levou a essa “confusão”, em que cada cidade e Estado fazem algo diferente com relação às prioridades da vacina. “O principal objetivo da vacinação tem de ser evitar gravidade, hospitalização e óbitos”, afirma. Para ela, não se deve começar a imunizar outros públicos, como professores, antes de terminar os idosos e as pessoas com comorbidades. “Não se pode utilizar a segunda dose para passar outros grupos na frente. Por isso estamos vendo mais escassez agora.”

Ela ainda explica, que mesmo com a vacina, os protocolos sanitários vão ter que continuar nas escolas porque ela não é 100% segura. "No Brasil, simplesmente fecharam as escolas e ficaram esperando a vacina. Na verdade, tínhamos que estar preocupados em equipar a educação para a volta."

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