Imagem
Menu lateral
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
Imagem
Imagem
GZT 94.1
GZT 101.1
GZT 101.3
MIX 98.3
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

HOME > notícias > GERAL

Presa no lugar de outra escreveu carta pedindo clemência à Justiça

Maiara Alves da Silva foi inocentada por uma mulher que foi presa pelo mesmo crime pelo qual ela é acusada

"Por favor, não deixe que a vida de uma inocente acabe por um erro". Este é um trecho de uma carta obtida com exclusividade pelaGazetawebe escrita por Maiara Alves da Silva endereçada ao desembargador que julgaria seu habeas corpus. A reeducanda está detida há um ano e dois meses no Presídio Santa Luzia, em Maceió, após ser condenada a 24 anos de reclusão pelo crime de latrocínio.

Todavia, a história de Maiara teve uma reviravolta na quarta-feira (30), quando a polícia prendeu outra mulher envolvida no crime que levou Maiara à prisão. Em depoimento à Polícia Civil, a presa contou que a Maiara que está no sistema prisional não é a Maiara comparsa dela.

Leia também

Conforme noticiou a Gazetaweb, os advogados de Maiara afirmam que a prisão dela é uma sequência de erros. Segundo a defesa, Maiara Alves da Silva foi indiciada, presa e condenada sem nunca ter sido ouvida e estava em Arapiraca no dia do latrocínio.

De acordo com a advogada Fernanda Noronha, a mulher presa na quarta-feira (29) em Maceió tinha dito na época do crime que a outra envolvida era a "Maiara do Joaquim Leão". Foi onde teria começado, segundo a defesa, o drama de Maiara Alves da Silva, pois tempos depois ela saiu de Arapiraca para morar no Joaquim Leão e findou confundida com a "Maiara do Joaquim Leão".

A carta escrita em 31 de novembro do ano passado mostra o desespero da reeducanda. "Estou em uma situação de clemência", diz ela no começo. Maiara Alves da Silva narra que na prisão soube da morte da mãe, e que a filha de um ano e três meses não a reconhece mais.

Sem nenhum parente vivo, ela conta que as filhas de nove, três e um ano e três meses estão sob os cuidados de uma conhecida. "Minha filha de um ano foi tirada do meu peito quando tinha sete meses", lembra.

Em outro trecho, a reeducanda fala do sentimento de estar presa por um crime que ela diz não ter cometido. "Só eu e Deus sabemos o quanto isso todo dia me mata. Acordar e acordar sabendo que eu não cometi crime algum", desabafa.

Mais adiante, ela se defende dizendo que não conhece ninguém do processo e reafirma a tese da defesa de que estava em Arapiraca. "Não sei porque ou como meu nome parou nesse processo, mas existem vários erros neles. Não fui notificada para as audiências?.não foram entregues as intimações, fui julgada, condenada a 24 anos por um latrocínio no qual eu nunca vi ou mantive contato com essas pessoas", argumenta.

No final, Maiara Alves pede uma oportunidade para se defender. "Peço ao excelentíssimo uma oportunidade de defesa, para que o senhor olhe meu processo, só quero uma oportunidade de provar minha inocência".

Maiara Alves da Silva não teve o pedido de liberdade concedido. Na próxima terça-feira (4), completa 28 anos de idade. A defesa tenta agora que o processo dela seja revisado e pede a soltura da reeducanda.

O OUTRO LADO

A Gazetaweb acionou a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) e aguarda um posicionamento acerca do caso.

  • .
    . |
  • .
    . |
  • .
    . |

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos

Aplicativo na App Store

Tags

Relacionadas