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Polícia indicia suspeito de dar bebida adulterada a grupo em SP

Vinícius Salles Cardoso, de 31 anos, está preso temporariamente há dez dias

O homem acusado de dar uma bebida adulterada com cocaína para moradores de rua em Barueri passou por uma avaliação psiquiátrica, que recomendou que ele "permaneça recolhido em cárcere privado, em manicômio judicial". Vinícius Salles Cardoso foi indiciado nesta segunda-feira (9) pela morte de quatro homens na Praça Central de Barueri, na Região Metropolitana.

As vítimas tiveram overdose causada pela mistura de bebida e cocaína. O indiciamento dele foi por homicídio culposo - quando não há intenção de matar e por três lesões corporais graves.

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Vinícius passou os últimos 22 dias na Cadeia Pública de Carapicuíba. Na tarde desta segunda, ele foi levado para a Delegacia Central de Barueri.

O SP2 teve acesso com exclusividade ao laudo que recomenda que Vinícius fique preso num manicômio judicial (leia mais abaixo).

Há quase um mês, ele homem abordou sete pessoas na praça e ofereceu uma garrafa com bebida. Depois de tomar o líquido, o grupo começou a passar mal e, meia hora depois, quatro pessoas já estavam mortas, como mostraram imagens de uma câmera de segurança.

Na sexta-feira (22), a perícia da Polícia Técnico-Científica apontou que a bebida era uma mistura de álcool e cocaína e o laudo necroscópico de uma das vítimas, Marlon Gonçalves, indicou morte por overdose, com 4 gramas de álcool por mililitro de sangue - o que correspondem a 16 doses de cachaça, além de 1,5 grama de cocaína.

Transtorno mental

A defesa de Vinícius vai pedir à Justiça a revogação da prisão temporária. Se o pedido for aceito, ele terá de sair da cadeia e ir direto para uma clínica de recuperação para dependentes de drogas e de álcool.

Os testes psiquiátricos de Vinícius foram feitos no Hospital Municipal de Barueri e mostraram que ele pode "adotar comportamento cruel e colocar a sociedade em risco."

Ele disse ao médico: "se for preciso matar ou assaltar por droga, eu faço", "demonstrou irritabilidade e acessos de raiva" e "não demonstrou sentimentos afetuosos nem aos companheiros de rua."

O diagnóstico do laudo foi: "transtorno mental e comportamental, devido a substâncias psicoativas e síndrome de dependência."

Diante disso, o psiquiatra recomendou que ele "permaneça recolhido em cárcere privado, em manicômio judicial por longa data, e com acompanhamento médico."

A advogada de Vinícius disse que vai tentar outras medidas assim que o inquérito for entregue a Justiça. "Eu pretendo pelos indícios que temos até hoje tentar uma desqualificação até do homicídio culposo porque o meu entendimento é de que ele também foi vítima."

A defesa de Vinícius informou que a família dele vai pagar os custos da internação. A polícia ainda investiga se outras pessoas participaram do crime.

Laudos necroscópicos

Os legistas analisaram o sangue e os órgãos de Denis da Silva Oliveira, de 33 anos, e encontraram a concentração de 1,9 gramas de álcool por litro de sangue, o equivalente a oito doses de cachaça, e mais do que 2 gramas de cocaína no organismo. Uma pessoa saudável pode sofrer overdose se consumir 1,2 gramas da droga.

Luis Pereira da Silva, de 49 anos, segundo o exame dos legistas, tinha 2,5 gramas de álcool por litro de sangue. É como se ele tivesse bebido 9 doses de pinga. No corpo de Luiz também foram encontrados mais de 2 gramas de cocaína.

Edson Sampaio da Silva, de 40 anos, tinha a maior concentração de álcool no sangue: 4,4 gramas, o mesmo que ter tomado mais de 17 doses de cachaça. No corpo dele, os legistas também encontraram mais de 2 gramas de cocaína.

Os peritos do Instituto de Criminalística encontraram muita cocaína misturada à bebida - 51 miligramas da droga por mililitro da bebida.

Suspeito preso

Vinícius Salles Cardoso, de 31 anos, também tomou a bebida e foi internado com os moradores de rua, mas sobreviveu. A pedido da polícia, ele está preso temporariamente na cadeia pública de Carapicuíba, cidade da Grande São Paulo, por suspeita de ter envolvimento nas mortes.

Segundo a investigação, ele confessou que foi o responsável por levar a garrafa com o líquido ao grupo e oferecer a bebida às pessoas, mas há deu três versões diferentes para o caso.

Para Patrícia Carvalho, advogada de Vinícius, seu cliente é inocente e somente mais uma vítima da bebida. "Eu confio na inocência do meu cliente. Não sei o que aconteceu. Estou sendo bastante franca com vocês, muito sincera. Não sei o que aconteceu. Não sei se realmente essa história de que ele achou ou da primeira versão do carro, não sei o que é verdade", falou Patrícia à imprensa. "Mas isso está sendo apurado. A Polícia está trabalhando incansavelmente", disse.

Hipóteses investigadas

1. Vingança

Uma das hipóteses investigadas pela Polícia é a de que comerciantes poderiam ter dado uma garrafa com bebida envenenada para o grupo que mora nas ruas por vingança. Há relatos de que comerciantes e vítimas teriam discutido antes pelo fato de elas ocuparem a região, atrapalhando o comércio.

2. Barueri

Outra hipótese vem de uma testemunha. Ela contou à TV Globo que a bebida foi entregue ao grupo em Barueri por pessoas que estavam num carro. A investigação solicitou as gravações de câmeras de segurança para tentar identificar quem levou a garrafa com a bebida às pessoas que estavam na praça. Até esta segunda-feira a polícia não identificou nenhum suspeito nas imagens.

3. Fatalidade

Na hipótese de ter sido uma fatalidade, as vítimas teriam misturado medicamentos com entorpecentes e álcool e tido uma espécie de overdose. Não está descartada ainda a possibilidade de que o grupo tenha consumido álcool adulterado e se intoxicado.

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