Moradores do Litoral Norte se opõem a operações da Braskem na região

Grupo se reuniu na segunda-feira e maioria classificou a possível chegada da empresa como prejudicial

Um grupo de moradores do Litoral Norte de Alagoas chegou a um consenso, em reunião nessa segunda-feira (28), de se opor a um possível início das atividades da mineradora Braskem na região. Segundo Tânia Santiago, que esteve presente ao encontro, pouquíssimos moradores consideraram a ida da empresa como positiva.
Segundo a Braskem, foi solicitada à Associação Nacional de Mineração (ANM) a realização de estudos para a identificação de áreas de reserva de sal-gema em Ipioca, Paripueira e Barra de Santo Antônio, na região norte do estado. Informações iniciais dão conta da existência de minérios na região e a empresa pretende fazer pesquisas de campo para determinar o local exato das jazidas.
Estiveram presentes na discussão dezenas de representantes de comunidades dos municípios da região norte do estado, e alguns moradores de Maceió, que contaram experiências com o colapso de bairros na capital que, segundo laudos técnicos, foi causado pela extração de sal-gema, mesmo mineral que a Braskem mira no Litoral Norte.
"Dos presentes, foram poucos os que consideraram a vinda dessa empresa para a região como algo bom", conta Tânia.
Ela diz que o grupo está se estruturando e procurando conselho jurídico para iniciar oficialmente diálogos com a Braskem. "Não queremos que o que aconteceu em Maceió se repita em nossas comunidades" disse.
Em nota, a Braskem se limitou a reforçar seu compromisso de não extrair sal-gema em áreas urbanas do Estado de Alagoas. Não foram feitos comentários sobre a oposição da população local.

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