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Integrantes do MST pedem condenação de acusados de matar líder sem-terra

Dezenas de pessoas participaram de uma vigília à porta do Fórum no Barro Duro, onde acontece, nesta quarta-feira, o julgamento dos réus

Dezenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam, na manhã desta quarta-feira (30), uma vigília para acompanhar o julgamento dos acusados na morte de Luciano Alves, também conhecido como Grilo, líder do movimento, assassinado em 2003, no povoado Folha Miúda, no município de Craíbas. A ação aconteceu em frente ao Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, mesmo lugar em que ocorre o júri.

Na ocasião, o integrante da coordenação do MST, Zé Roberto, disse que espera do Poder Judiciário e da sociedade que não aceitem a impunidade dos acusados.

"A impunidade no campo é a continuidade da violência. Se a sociedade e o poder público condenarem esses assassinos, é possível, assim, que venham a evitar outros assassinatos. Já tivemos vários e, só depois de 16 anos, que um chega ao tribunal. É revoltante", criticou.

Ainda segundo ele, todos do Movimento esperam por uma pena justa. "Não é com violência que se resolve os problemas. As questões do campo são resolvidas com reforma agrária, geração de empregos e com distribuição de riquezas", pontuou.

O coordenador do MST descreveu a vítima, como uma "pessoa que lutava por seus direitos".

"Ele tinha uma habilidade muito ativa na região de Girau do Ponciano e Craíbas. Lutava pela reforma. Era alegre e sempre bem disposto, além de nunca temer as investidas e ameaças que sofria", finalizou.

O júri

José Francisco Silva, conhecido como Zé Catu; seu irmão Francisco Silva; e João Olegário dos Santos são julgados nesta quarta-feira (30), no 3º Tribunal do Júri da Capital. Os réus são acusados de assassinar o integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Luciano Alves da Silva, conhecido como Grilo, na zona rural de Craíbas, em 2003. A sessão é conduzida pelo juiz John Silas da Silva, substituto da 9ª Vara Criminal da Capital.

O julgamento foi desaforado em 2014, após o Ministério Público Estadual alegar que alguns jurados teriam sido procurados e coagidos a mudar seus votos. À época, o desembargador Fernando Tourinho de Omena Souza decidiu transferir a sessão para Maceió.

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