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Governador do Amazonas quer transferir pacientes para AL e outros estados

Total de leitos com respirador no estado é de 222, destes 108 estão vagos; Seis estados já aceitaram receber pacientes amazonenses

Diante do drama e do caos na saúde pública no Amazonas causado pela Covid-19, o governador Wilson Lima (PSC) pediu ajuda ao estado de Alagoas e outras unidades da federação para acomodar pacientes que amontoam no corredores e à porta dos hospitais.

A solicitação para transferência, que está sendo analisada pelas autoridades alagoanas, é para os pacientes amazonenses que necessitam de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs)

Atualmente, Alagoas tem 114 pacientes ocupando vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O total de leitos com respirador em Alagoas é de 222, destes 108 estão vagos. De acordo com o governador Wilson Lima (PSC), os estados que aceitaram receber pacientes amazonenses são: Goiás, Piauí, Maranhão, Brasília, Paraíba e Rio Grande do Norte.

O Coronel Franco Duarte, representante do Ministério da Saúde no Amazonas, afirmou que serão transportados pacientes com estado de saúde considerado em fase moderada da doença. "São pacientes que ainda continuam dependentes do oxigênio, mas eles têm toda a segurança plena para serem aerotransportados", disse Duarte. "O paciente do Amazonas que subir na aeronave terá toda a segurança e assistência, com cobertura até de assistentes psicossociais, para não haver falha nenhuma", completou.

Um dos primeiros estados a receber pacientes do Amazonas é o Piauí. Na manhã desta quinta-feira (14), 30 pacientes de Manaus com Covid-19 foram encaminhados para Teresina.

Uma das razões para a crise, segundo Duarte, é o consumo de oxigênio por pacientes de leitos clínicos. "Aquele paciente que não está no leito de UTI é o que consome mais, porque ele fica ao lado do regulador de oxigênio. A sensação é a falta de ar, e você abrindo o acesso ao oxigênio, você tem a sensação de bem estar, mas em contrapartida, aumenta muito essa demanda", disse.

O representante do Ministério da Saúde falou sobre a dificuldade logística de trazer o oxigênio para o Amazonas, em função da distância. Estão sendo usadas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para o transporte do gás.

O Secretário da Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, afirmou em pronunciamento nesta quinta-feira (14) que o estado passa por uma crise no abastecimento de oxigênio. Campêlo afirmou que o Ministério da Saúde, o governo do Amazonas e as Forças Armadas estão trabalhando no apoio logístico para a entrega de oxigênio para a rede estadual de saúde, com o transporte do gás de outros estados para o Amazonas.

"Tivemos um pico de fornecimento e aumento da demanda acima do esperado. Fomos comunicados ontem [quarta-feira] à noite do colapso do plano logístico em relação a algumas entregas, o que causará a interrupção da programação por algumas horas", afirmou Campêlo, referindo-se ao recebimento do gás. "Fizemos plano de contingência considerando a elevação dos casos, mas a demanda surpreendeu um dos maiores conglomerados de gás do mundo", no caso, a empresa White Martins.

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