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Estudantes alagoanos pedem adiamento da prova do Enem

Por meio das redes sociais, candidatos alegam recrudescimento da epidemia do novo coronavírus

A hashtag #AdiaEnem, que foi promovida pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), por meio de um twitaço, está ganhando força no Twitter. A maioria das reclamações são de alunos que estão usando o espaço para pedir adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que estão marcadas para os dias 17 e 24 de janeiro.

Para a vestibulanda Gabriella Almeida, de 19 anos e que pretende cursar medicina, o pedido de adiamento da prova é mais do que necessário. "É compreensível que parte dos alunos esteja se posicionando a favor do adiamento da aplicação das provas, pois com a segunda onda de Covid-19 e consequente aumento dos casos, há um temor estudantes que vão se submeter ao Exame. Então, sim, a prova deveria ser adiada", disse a estudante.

"Com o MEC em silêncio, nós não sabemos o plano de higienização que será utilizado, nem como eles terão um controle sobre cumprimento das medidas sanitárias. São muitos estudantes nos lugares de prova, os quais já sofrem com a angústia do vestibular e agora têm que lidar com o medo de possivelmente se contaminar e contaminar seus familiares", lembrou Gabriella Almeida.

Quando questionada a respeito do ensino ter sido prejudicado com o período sem aulas, Gabriella lembrou que a questão é perfeita para dividir os alunos que tiveram recursos para se manterem estudando e os que não tiveram, ou seja, aqueles da rede pública de ensino, que, por consequência, serão os mais afetados. "É perceptível que o ensino durante a pandemia necessitou de tecnologia, computadores, celulares e professores que também estivessem adaptados aos meios tecnológicos. Entretanto, não são todos que possuem recursos financeiros para manter esse novo ensino", destacou a jovem.

Thaynná Araujo, estudante de 19 anos, também não enxerga a data escolhida como positiva para os vestibulandos, que, segundo ela, estarão em risco. "A data do Enem desse ano foi justamente próximo ao retorno das festas de fim ano, e como se sabe, muitos estão vivendo a vida como se não houvesse um vírus em circulação. Levando em conta o tempo que o vírus leva para manifestar os sintomas, quantos não estarão contaminados? São vários os questionamentos por parte dos estudantes e na real o governo não está nem aí para a educação", ponderou a jovem.

Ela disse ainda que, o posicionamento dos alunos, quando votaram na enquete elaborada pelo próprio Ministério da Educação (MEC), não foi respeitado. O ponto levantado pela estudante se refere a pesquisa que procurou a melhor data para remarcar as provas e o resultado foi de que 49,7% dos estudantes preferiam que o Enem impresso fosse realizado nos dias 2 e 9 de maio e o digital nos dias 16 e 23 do mesmo mês, algo que, não foi acatado.

Já Matheus Vinicius, de 18 anos e que também quer cursar medicina, entende que a data não é benéfica, mas não acredita que adiar seja uma boa opção. "No que se trata de segurança sanitária, dado o aumento do número de casos e mortes, o melhor seria adiar mesmo. O problema é a incompatibilidade do calendário das faculdades e a data de realização do exame. Já sendo em janeiro, por exemplo, muitas faculdades esse ano optaram por não aderir a nota do ENEM 2020 como forma de ingresso. Agora imagina se a prova fosse adiada ainda mais, quantas outras universidades deixariam de usar o Enem como ingresso esse ano por conta da confusão do calendário? Quando, afinal, seria a abertura do edital do Sisu, ProUni e Fies?", indagou o vestibulando.

Ele também não acredita que as notas serão positivas caso a data do exame não mude. "Creio que a maioria dos vestibulandos não vão conseguir, com essa edição do ENEM, o resultado promissor que tanto almejam. Diante de tantos contratempos, poucos foram aqueles que conseguiram estudar eficientemente durante a pandemia", finalizou.

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