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Equipes da FPI fazem coleta para saber qualidade da água do São Francisco

Cerca de 55 km do rio foram percorridos durante os trabalhos nesse domingo

Técnicos da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do Ministério Público Estadual (MPE) percorreram, nesse domingo (22), cerca de 55 quilômetros do Rio São Francisco, onde coletaram dezenas de amostras de água que serão submetidas a análises laboratoriais para confirmar se ela pode continuar servindo de abastecimento para municípios do Sertão alagoano. A boa notícia que chega com essa fiscalização é que a mancha escura que surgiu no rio no último mês de abril já não pode mais ser vista, o que reacende a esperança de que a qualidade da água, de fato, não está mais sendo tão afetada.

O Instituto do Meio Ambiente (IMA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ainda estão estudando a causa da mancha que obrigou a Companhia de Abastecimento de Alagoas (Casal) a suspender o fornecimento de água para milhares de pessoas por um período de duas semanas, em meses diferentes.

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E como as investigações continuam, já que o estudo ainda não foi concluído, uma nova coleta foi realizada nesse domingo. Dessa vez, foi a FPI que, aproveitando a presença dos técnicos do Ibama no programa, tomou para si a responsabilidade de fazer a 5ª coleta. Foram percorridos 55 quilômetros entre as cidades de Piranhas (AL) e Paulo Afonso (BA) e, neles, os analistas ambientais recolheram água em 10 pontos diferentes, todos dentro do reservatório da Usina Hidrelétrica de Xingó.

O material recolhido será analisado pelo Laboratório de Hidroquímica da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e caberá ao professor doutor Paulo Petter, apresentar os resultados.

Cianobactérias 

Após o trabalho deste domingo, a FPI vai querer saber se as cianobactérias ainda continuam presentes nas águas do Rio São Francisco. "Já havíamos feito quatro coletas. Isso vem ocorrendo desde abril, quando aconteceu aquele fenômeno. Todos os relatórios apontaram para um processo de eutrofização, que é o enriquecimento do ambiente com nutrientes e floração de algas de uma espécie de dinoflagelados. Nesse caso, essa espécie invasora conseguiu se multiplicar, dominar aquele ecossistema e sua abundância modificou a cor da água, dando uma coloração marrom e preta. E o último estudo comprovou um fato ainda mais grave, as cianobactérias se proliferaram nas águas do Lago do Xingó", explicou Rivaldo Couto, analista ambiental do Ibama e integrante do Núcleo de Emergências Ambientais do órgão.

"O perigo das cianobactérias é que elas podem ser extremamente agressivas à saúde humana. São microalgas que podem causar desde uma simples diarreia, passando por problemas no trato intestinal, até a morte. Nesse último caso, isso pode ocorrer se elas forem consumidas em concentração elevada", acrescentou Rivaldo Couto.

A FPI recolheu a água de diferentes formas. Através da sonda multiparamétrica, vários parâmetros serão mensurados, a exemplo de temperatura, saturação, oxigênio, PH e turbidez.

Já as amostras que foram acondicionadas nos frascos serão avaliadas quanto a clorofila, os sólidos em suspensão (que aferem todo o material orgânico e mineral contido na água) e nitrogênio e fósforo (que podem ser indícios da entrada de esgoto dentro do rio).

Um outro equipamento coletou mais água para que pudesse ser medida a quantidade de fitoplâncton no manancial. O resultado apontará as espécies e a densidade das microalgas encontradas.

?Todo esse material será avaliado para que possamos saber se a água está dentro dos padrões estabelecidos em legislação própria para o devido consumo humano. Tanto a Portaria nº 29 do Ministério da Saúde (MS), quanto a Resolução nº 357/07 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabelecem os limites permitidos de células dentro da água. Caso esses valores estejam alterados, é provável que a água tenha sofrido algum tipo de degradação ambiental, tornando-se imprópria para o consumo. E se isso ocorrer, é necessário um monitoramento mais detalhado a fim de assegurar a saúde da população?, esclareceu Roberto Wagner, também analista ambiental.

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