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Cuidados paliativos garantem dignidade e vão além da proximidade da morte

Abordagem multiprofissional melhora qualidade de vida dos pacientes

Maria recebeu o diagnóstico de um câncer raro e sem cura. João tem HIV e sofre com doenças oportunistas. Já Paula tem uma doença cardíaca congênita e necessita de atendimento constante. Os médicos não podem definir o tempo de vida de cada um, mas os Cuidados Paliativos permitem que alcancem uma melhor qualidade de vida com a assistência multidisciplinar que previne e alivia o sofrimento, trata a dor e demais sintomas físicos, sociais e psicológicos.

“Na cabeça da maioria das pessoas, cuidado paliativo só é indicado para um paciente terminal, que está morrendo, e não podemos fazer mais nada. Ela é uma abordagem que busca a diminuição de sofrimento e melhora a qualidade de vida de qualquer paciente que tenha uma doença que ameace a continuidade da vida. Ele é muito realizado em oncologia, pois vários doentes com câncer acabam tendo doenças metastáticas e incuráveis, mas podem ser aplicados em pacientes neurológicos, com Parkinson; doenças neurodegenerativas, como ELA; doenças cardíacas avançadas, HIV, dentre outras”, disse a gestora médica da Santa Casa Rodrigo Ramalho, a oncologista paliativista, Carolina Zau.

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Dependendo da fase da doença, os cuidados paliativos vão ser aplicados para a prevenção do sofrimento, diminuir os sintomas, melhorar a qualidade de vida e a relação dos pacientes com seus familiares. O objetivo é fazer com que o paciente entenda sua doença, para ele levar a vida o mais ativa possível. O paciente que está na fase mais inicial da doença se beneficia, porque o foco deixa de ser a doença em si, e passa a ser o paciente. Na fase mais avançada, o foco é o conforto. Quem já está muito perto da morte, a abordagem multiprofissional diminui o sofrimento com o controle dos sintomas para garantir um morte mais digna e mais confortável.

Estudos mostram que os pacientes que iniciam o tratamento paliativo vivem mais do que aquele paciente que foca nos cuidados paliativos na fase final de vida. O New England Journal of Medicine, por exemplo, tem um estudo em que compara pacientes com câncer de pulmão avançado. Um grupo fez apenas quimioterapia e o outro, quimioterapia e cuidados paliativos. O segundo grupo viveu mais.

A paliativista da Santa Casa de Maceió explica que cada doença tem uma curva. No câncer, ela é ascendente e, assim que a doença metastática é diagnosticada, os cuidados paliativos devem ser iniciados. Esse paciente ainda está fazendo quimioterapia, e, aos poucos, o recurso vai deixando de fazer parte do tratamento, e os cuidados paliativos acabam tomando mais espaço. Já no HIV, a curva varia. O paciente pode estar com uma doença oportunista, às vezes em uma fase em que tem mais sintomas, e os cuidados paliativos vão agir mais, e, em outro momento, quando está com carga viral baixa, os cuidados paliativos vão ser menos ativos e mais preventivos.

“Independente da fase da doença, ainda temos muito o que fazer. Há pacientes que chegam com muito sofrimento, cheio de sintomas, mas, depois dos ajustes na medicação e com o papel da equipe multiprofissional, fica confortável, consegue dormir sem dor e, às vezes, depois de dois meses acamado, tomar banho no banheiro. Esse paciente terá uma morte mais digna, tranquila e sem sofrimento, e a família muda a visão que tinha do nosso trabalho e fica muito agradecida, apesar do momento difícil”, destaca Carolina Zau.

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