A sensação de insegurança e os recentes casos de roubos à residência têm feito com que cada vez mais pessoas optem por contratar um seguro residencial. Ao contratar, o proprietário conta, entre outros benefícios, com a cobertura em casos de furtos e roubos de objetos.
As polícias Civil e Militar têm trabalhado, investigado e desarticulado quadrilhas especializadas.
Leia também
Os casos de assaltos à residências têm sido registrados, em sua maioria, na Região Metropolitana de Maceió. Com isso, o mercado de seguros tem registrado um aumento no número de contratações pelas coberturas residenciais.
Na capital, de acordo com informações da polícia, a maior quantidade de imóveis atingidos pela violência é do tipo casa.
De acordo com o corretor de seguros Aílton Júnior, a maioria dos clientes que contratam o seguro residencial inclui no pacote o adicional contra furtos e roubos, pois a preocupação com "o amanhã" é constante. Houve um aumento de aproximadamente 50% das adesões nos últimos dois anos.
"Muitos dos meus clientes fazem questão de adicionar o seguro contra roubos e furtos devido à insegurança existente em Alagoas. A preocupação em viajar, ou simplesmente sair de casa para ir à esquina e, ao retornar, ver que sua casa foi invadida, é grande, mas, além do dano emocional, também há o prejuízo material, que é isso que o seguro faz: indenizar o segurado por qualquer eventualidade", explicou.
Os avós do estudante Ricardo Lins, de 22 anos, tiveram a surpresa de, ao chegar em casa, após uma viagem, e encontrar a residência com as portas arrombadas e todos os cômodos revirados pelos criminosos atrás de objetos de valor.
"Eles passaram 15 dias em Aracaju visitando meus tios e quando voltaram perceberam que a porta principal estava entreaberta. Depois viram que tudo estava no chão, revirado. Nenhum cômodo sobrou. Até comida que estava na geladeira eles jogaram no chão. Foi um choque, porque eles moram em uma rua teoricamente pacata, onde nunca havia sido registrado um roubo", contou.
Ricardo disse que os criminosos levaram dois televisores de LED, uma quantia em dinheiro, relógios e joias, algumas roupas e pares de sapatos. Ele acredita que ação aconteceu por duas ou mais pessoas. Ricardo afirmou que, após o incidente, o avô dele pôs cerca elétrica na residência e contratou o seguro especializado.
"O cunhado de meu avô trabalha em uma corretora de seguros e ofereceu o adicional, já que meu avô já possuía o seguro básico. Além disso, ele contratou o serviço de segurança eletrônica, que disponibiliza monitoramento das câmeras pelo celular de qualquer lugar do mundo", explicou.
Apesar dos registros, a delegada Maria Angelita Sousa, que comanda a Delegacia Especializada de Roubos da Capital (Derc), garantiu que os números de casos têm diminuído nos últimos anos e que vem trabalhando juntamente com sua equipe para prender os suspeitos.
Os dados oficiais deste tipo de roubo foram solicitados à Secretaria de Segurança Pública, mas, em resposta, a assessoria afirmou que não seria possível atender à solicitação devido a outras demandas do Núcleo de Estatísticas da SSP.
"Temos feito um trabalho onde a maioria dos casos de roubos a residência foi elucidada por mim e por minha equipe. Mesmo quando há poucas provas que apontem os autores, vamos realizando um trabalho de formiguinha para, enfim, solucionar", explicou.
De acordo com Angelita, em Maceió existem casos isolados onde o criminoso vê a oportunidade e ataca a vítima, mantendo-a como refém para realizar o assalto ou simplesmente invade uma residência. Há, também, segundo ela, quadrilhas especializadas neste tipo de crime.
Recentemente ela prendeu integrantes e o líder de um grupo que agia na região Sul de Maceió e cidades vizinhas.
"O grupo passava algum tempo estudando o comportamento da família para planejar a ação. Geralmente vão bem vestidos para não chamarem a atenção e escolhem a vítima pelo o que ela apresenta ter. Enfim, conseguimos prender o líder e alguns integrantes", comentou. Segundo a delegada, os objetos roubados mais comuns são televisores, computadores e pequenos eletrônicos.
A delegada afirma que em Maceió não há uma localidade específica onde há o maior número de roubos e que as ações criminosas acontecem em todos os locais. Desde os condomínios de luxo até bairros de periferia.
O corretor Aílton Júnior explica que os seguros à residência abrangem danos por chuva, raio, incêndio. Cobertura para roubos e furtos entra como um adicional. Ele explica que o valor da apólice adicional é de 10% do valor do seguro. Ou seja, se o seguro contratado for de R$ 100 mil, o adicional será o equivalente a R$ 10 mil.
Dicas
A delegada Maria Angelita deu algumas dicas à Gazetaweb sobre como se prevenir e até evitar um assalto à residência.
App Gazeta
Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e acesse outros recursos
