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Chega ao fim mais um dia de buscas por pescadores após naufrágio em Maceió

Neste domingo, os trabalhos foram retomados com foco no Litoral Sul, porém, nenhum corpo foi encontrado na região

Chegou ao fim, neste domingo (22), o quinto dia de buscas pelos pescadores que desapareceram no Pontal da Barra, em Maceió, na última quarta-feira (18). A informação foi repassada pela assessoria do Corpo de Bombeiros (CB).

Ao todo, são três pescadores desaparecidos. Outro foi encontrado com vida após 24h, em Jequiá da Praia, Litoral Sul de Alagoas. À Gazetaweb, o sobrevivente contou como tudo aconteceu (veja abaixo).

Nesse sábado (21), o trabalho de buscas se concentrou na extremidade Sul e, durante a tarde, as equipes seguiram até o município de Coruripe, mas, em virtude do tempo chuvoso, os serviços foram interrompidos.

Neste domingo, os trabalhos foram retomados, com foco novamente no Litoral Sul, porém, nenhum corpo foi encontrado na região.

Porém, na capital alagoana, equipes do Corpo de Bombeiros localizaram um corpo boiando na Praia do Sobral. Devido ao avançado estado de decomposição, não foi possível identificar se o cadáver trata-se de um dos pescadores. As buscas pelas vítima serão retomadas nesta segunda-feira (23).

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ENTENDA O CASO

O naufrágio que fez quatro pescadores sumirem no mar de Maceió, na noite de quarta-feira (18), e deixar três ainda desaparecidos, aconteceu por volta das 20h.

Um deles foi encontrado somente 24 horas depois, ou seja, na noite dessa quinta-feira (19), no Povoado de Lagoa Azeda, em Jequiá da Praia, interior de Alagoas. Ele disse que, após o naufrágio ,saiu nadando da capital até Jequiá, onde foi localizado.

Ubirajara Silva dos Santos, de 27 anos, é um pescador esportivo, possui uma filha de dois anos e estava se afogando quando foi localizado e socorrido.

"A gente estava perto do Pontal. Chegamos no ponto de pesca às sete da noite e, quando a gente parou, percebeu que a jangada do lado esquerdo estava baixando. O administrador resolveu voltar porque estava entrando água na jangada", disse o pescador.

Ele falou das dificuldades de ficar à deriva no mar por vários dias. "Mais difícil foi o frio, mas pior foi a sede e a fome, porque você molha a garganta com água salgada, e, ainda que você coloque para fora, o sal fica na língua. Chegou um momento em que meus olhos e minha língua pareciam que estavam com pimenta", continua.

Quanto ao resgate, Ubirajara comentou que quase desmaiou. "Eles me colocaram no barco. Quase desmaiei. Me deram peixe para comer, peixe cru, por causa da fome excessiva. A gente sempre saía para pescar, todas as semanas", relatou o pescador.

Todos os pescadores desaparecidos são de Maceió. Dois são do Clima Bom, incluindo o Ubirajara, e os demais são do Village Campestre.