O Centro de Acolhimento Ezequias Rocha Rego (CAERR), primeira instituição de Alagoas a acolher pessoas LGBTQIA+, está passando por um período crítico em relação às doações. Atualmente, a casa abriga oito pessoas e não está conseguindo oferecer dignidade a elas pela falta de materiais e alimentos disponíveis.
De acordo com o presidente do Grupo Gay de Alagoas (GGAL) e fundador do CAERR, Nildo Correia, como não há apoio de instituições públicas, o centro sobrevive das doações das pessoas. "A partir de R$ 5, as pessoas ajudam a manter a casa, com aluguel, água, luz, internet, entre outros. Além disso, passamos com dificuldade para manter a alimentação e a higiene dos acolhidos", afirma.
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Estão em falta: alimentos (cesta básica, almoço, jantar), materiais de limpeza e itens de higiene pessoal. O dinheiro do aluguel também encontra-se escasso.
Devido ao preconceito, muitas pessoas LGBTQAI+ acabam sendo desprezadas por familiares e expulsas de casa, ficando em situação de vulnerabilidade social. Pensando nisso, o CAERR surgiu com o objetivo de acolher essas pessoas. Além de oferecer moradia e alimentação, a casa conta com o apoio de mais de 160 profissionais. "Oferecemos cursos profissionalizantes, assessoria jurídica e psicológica, reforço escolar, preparatório para o ENEM e para outros concursos públicos", informa o presidente.
As doações podem ser feitas por PIX, por meio da chave 981583098, que está no nome do presidente do CAERR.
Trajetória
O Centro de Acolhimento Ezequias Rocha Rego (CAERR) para a população LGBTQIA+ foi inaugurado em 5 de janeiro deste ano, e fica localizado na Rua Supervisor Ivaldo Ferino, nº 413, no Clima Bom, em Maceió.
O nome do centro foi escolhido em homenagem ao militante do Grupo Gay de Alagoas (GGAL), o professor Ezequias Rocha Rego, assassinado em 2011, no bairro de Jacarecica.