A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revogou a suspensão do certificado de atividade aérea e da homologação dos cursos oferecidos pelo Aeroclube de Alagoas. Estes serviços estavam paralisados há dois meses em decorrência de investigação e análise de documentos acerca do acidente com uma aeronave da empresa que matou dois pilotos e o cantor Gabriel Diniz, em Sergipe.
O anúncio do retorno dos trabalhos foi informado pelo próprio Aeroclube nas redes sociais. Uma reprodução do despacho decisório da Anac, datado de agosto deste ano, foi publicado. O documento considera o processo de investigação, instaurado logo após a queda do avião.
Com isso, o certificado de atividade aérea e a homologação dos cursos teóricos e práticos do Aeroclube de Alagoas voltam a ter validade. A Agência Nacional de Aviação Civil considerou que não havia qualquer impedimento legal para o retorno dos trabalhos da entidade.
O processo averiguava se havia irregularidades nos serviços prestados, mas a Anac, após análise documental, informou que as regras de aviação estão sendo cumpridas e não afetam os treinamentos da entidade no ensino aos futuros pilotos.
O vice-presidente do Aeroclube de Alagoas, Roberto Souza, informou que foi encaminhado um vasto material documental sobre a operacionalidade e as instruções de aviação. Após a análise, a revogação da medida cautelar foi despachada.
"Enviamos tudo o que nos foi solicitado pela Anac em Brasília. Aqui, estavam suspensas as atividades da escola, que dá aulas teóricas e práticas. As atividades no aeródromo, no entanto, não estavam bloqueadas", informou.
Segundo ele, a entidade forma até três turmas por ano de conteúdo teórico para formação de pilotos privados. Também há cursos para pilotos comerciais, voos por instrumentos e para instrutores de voos. Os candidatos também passam por exames clínicos, em Recife, e se estiverem aptos seguem para 40 horas de instrução prática.
"Temos as nossas atividades retomadas não deixa de ser um alívio. Cumprimos todas as exigências da Anac e, agora, é vida que segue", afirmou Roberto Souza.