Os portões das escolas que vão ofertar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) abriram ao meio-dia e os alunos acessaram os locais. A prova deste primeiro dia é de linguagens e ciências humanas, além da redação. O tempo total do exame tem duração de 5 horas e 30 minutos, com início às 13h30.
Desde cedo, professores aguardavam a chegada dos alunos em frente às escolas, após um ano de preparação, e tranquilizavam os estudantes para uma boa prova. O professor de história, Maurício Pitel, falou sobre a importância do emocional nesta primeira etapa.
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"Hoje é um dia que a gente coloca em cheque todo o trabalho que a gente fez de um ano. Sei que o nosso aluno está preparado e teve um trabalho muito bom socioemocional, que é um dos pilares para fazer a prova. Não é somente o estudo, apesar de ser muito importante, mas a questão emocional é primordial", disse Maurício.
O professor de redação e diretor do SEB, Ricardo Andrade, disse que chegar cedo é tão importante quanto manter a tranquilidade para ter um bom desempenho.
"É momento de acolhimento dos estudantes. Chegar cedo, de fato, é muito importante, e a expectativa é a melhor possível. Os nossos estudantes estão preparados. A prova de redação é muito importante e requer calma e tranquilidade. A prova de humanas e linguagens é uma prova mais extensa que requer uma interpretação muito grande, então quanto mais tranquilo o aluno estiver, melhor para esse momento", afirmou.
Jaguar Neto, professor de matemática, seguiu a mesma linha. Mesmo que a prova de exatas seja apenas na semana que vem, o professor se encontrava em frente à escola para dar apoio moral e psicológico aos estudantes.
"O papel hoje é tranquilizar o aluno, deixar o aluno mais tranquilo para na prova fazer tudo o que ele aprendeu, tudo o que ele estudou conosco, então agora é lapidar essa parte mental e psicológica para que o aluno chegue bem para fazer a prova."
Entre os alunos estavam Ana Emília e Ana Beatriz, que são irmãs gêmeas, mas com pretensões diferentes. Ana Emília concorre para medicina, enquanto Ana Beatriz quer cursar direito, mas também pensa na faculdade de história. Esperançosa, Ana Emília diz que "tudo é possível, o que vier vai ser bem-vindo", e Ana Beatriz concorda, mas com um pouco mais de esperança: "concordo, mas acredito que vou conseguir sim", completou.
Como a redação costuma ser um 'bicho de sete cabeças' para os alunos, o professor Airton Farias, especialista na matéria, relatou como instruiu seus alunos.
"A gente sempre diz para o aluno perceber e trabalhar a questão relacionada aos eixos temáticos. Quando o estudante chega e nos pergunta qual vai ser o tema, fica muito difícil de responder, porque todo ano é uma caixinha de surpresa. Então ele precisa prestar muita atenção nos eixos: saúde, educação, segurança, transporte, meio ambiente, etc", comentou.