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"A gente está com medo", diz mãe de adolescente vítima de abordagem truculenta

O caso aconteceu na Rua Barão de Alagoas, no Centro de Maceió, por volta das 10h50; o menino estava no local para fazer uma entrega.

A mãe do adolescente de 17 anos que foi vítima de uma abordagem truculenta de agentes do Ronda no Bairro disse que o filho está com depressão e a família tem vivenciado momentos difíceis depois do que ocorreu. Ela denunciou no dia 12 de maio que o filho foi agredido e sofreu injúria racial por dois integrantes do programa. O caso aconteceu na Rua Barão de Alagoas, no Centro de Maceió, por volta das 10h50. O menino estava no local para fazer uma entrega.

A Gazetaweb teve acesso ao Termo de Declarações da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL), no qual informa que o jovem transitava em uma bicicleta, em frente a um estabelecimento comercial do Centro de Maceió, quando passou por agentes motorizados do Ronda no Bairro.

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"Um policial disse: 'pare seu negrinho! Para logo seu negro'. Como a bicicleta do seu filho estava com problema no freio, tentou parar com os pés e, como não conseguiu parar imediatamente, o mesmo policial proferiu um chute nas costas do seu filho, onde veio a cair no chão, causando várias lesões e escoriações", diz trecho do documento.

A superintendência do programa anunciou, na sexta-feira (13), que os agentes de proximidade envolvidos na ocorrência foram afastados das atividades durante o período de apuração do caso.

Nesta quinta-feira (19), a mãe do adolescente teve um encontro, mediado pela Ordem do Advogados do Brasil (OAB), com o superintendente do Programa Ronda no Bairro, Cícero Silva. Na ocasião, a mãe dele disse que a família está com medo, o filho com depressão e que eles têm vivido momentos difíceis depois do ocorrido. Na ocasião, ela cobrou Justiça.

"A gente está com medo. Estou passando necessidade em casa, porque não estou deixando ele ir para o mercado. Meu pai trabalha com reciclagem. Meu filho está em depressão. Então, a gente está passando por uma situação muito difícil desde que isso aconteceu, porque ele é um menino trabalhador, ele estuda. O que fizeram com ele foi muito triste. Então, eu só quero Justiça”, ressaltou a mãe do adolescente vítima da abordagem truculenta.

Já coronel Cícero Silva disse não compactuar com atos de violência e ressaltou que encaminhou informações que devem auxiliar nas investigações administrativas para as corregedorias da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. O gestor do programa Ronda no Bairro acrescentou que não há motivos para que a família do adolescente tema sofrer represálias e que os suspeitos foram afastados das atividades nas ruas.

“O programa Ronda no Bairro é um programa de proximidade. Ele foi criado com a proposta de quebrar o paradigma de que as forças de segurança só atuam na repressão. Esse fato [caso de abordagem truculenta] nos causou surpresa, porque nossos colaboradores são capacitados para entender a filosofia do programa. De imediato, a gente afastou os envolvidos do serviço operacional. Mas a gente não está aqui para condenar, nem julgar. O que eu quero deixar claro é que a gente tem feito o que está ao nosso alcance”, explicou o coronel Cícero Silva.

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