Rubens Barrichello, em exclusividade ao site “ge.globo”, avaliou momento de Gabriel Bortoleto, líder do campeonato de 2024 da Fórmula 2. O vice-campeão mundial de F1 em 2009 afirmou haver uma pressão desnecessária por um brasileiro na categoria e pregou cautela para evitar cobrança excessiva.
— Logicamente a gente quer vê-lo andando na F1. O Brasil é uma coisa de louco. A gente tá há 15 anos sem (uma vitória brasileira na categoria), então tudo tem que acontecer no último minuto. Eu só queria dar o espaço para o Bortoleto fazer o dele, como se ninguém estivesse observando. Essa coisa traz uma pressão a mais que é desnecessária para o garoto nesse momento. É quase como se ele tivesse que se reinventar para fingir que ninguém está olhando. Faz o dele, fica ali e, se Deus quiser, vai estar andando de F1 o quanto antes — disse o Barrichello.
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— Nós éramos mal-acostumados porque, por um certo momento, nós tínhamos dois, ou três, quatro, ou até mais pilotos brasileiros na F1. O grande problema não era lá, era a nossa base. Hoje é a época é muito mais financeira do que foi na nossa época. Para ter o ingresso na F1, eu também tive que acessar com patrocínio, mas hoje parece que a bolsa de dinheiro vale mais que o talento. Nos últimos anos nós não temos visto o campeão da F2 ingressar na F1 — finalizou o ex-piloto da Fórmula 1.
Bortoleto veio de título na Fórmula 3 em 2023 e agora, lidera a F2 na temporada de estreia pela Invicta Racing. O paulista tem Fernando Alonso como empresário, por meio de sua empresa de gestão de pilotos, e integrando a Academia de Pilotos da McLaren.
Felipe Massa foi o último brasileiro titular de forma integrl na F1, em 2017. De lá para cá, Pietro Fittipaldi, Enzo Fittipaldi, Gianluca Petecof e Felipe Drugovich passaram por categorias de base, na F3 e na F2, mas só Pietro disputou alguns grandes prêmios, substituindo Romain Grosjean na Haas em 2020.