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Regida por Doncic, Eslovênia vence Alemanha e chega a inédita semifinal olímpica

Armador do Dallas Mavericks fica a dois rebotes de triplo-duplo e segue invicto em 17 jogos oficiais pela seleção de seu país, que vai disputar medalhas no basquete em sua primeira participação nas Olimpíadas

A Eslovênia está nas semifinais do torneio de basquete masculino das Olimpíadas de Tóquio 2020. Na noite desta segunda-feira, manhã de terça no Japão, os atuais campeões europeus derrotaram a Alemanha por 94 a 70 nas quartas de final para avançar à próxima fase, onde aguardam o vencedor entre França e Itália para buscar lugar na decisão.

A jovem nação europeia chega às semifinais em sua primeira participação olímpica liderada pelo superastro Luka Doncic. "Luka Magic" segue invicto em 17 jogos oficiais de competição pela seleção, que incluem o título do Eurobasket de 2017 e o Pré-Olímpico da Sérvia. Nesta segunda, ele não foi o cestinha, mas regeu a Eslovênia e ficou a apenas dois rebotes de um triplo-duplo, com 20 pontos, 11 assistências e oito rebotes.

Como fez durante toda a fase de grupos, a seleção eslovena mostrou nesta segunda-feira mais uma vez sua profundidade, muito além do armador do Dallas Mavericks. O cestinha foi Zoran Dragic, irmão de Goran, da NBA; ele marcou 27 pontos, incluindo cinco cestas de 3 pontos. O pivô Mike Tobey acrescentou 13 pontos e 11 rebotes, e Klemen Prepelic contribuiu nove pontos, todos eles na arrancada decisiva no quarto período.

A Alemanha, que conquistou a vaga olímpica em cima do Brasil no Pré-Olímpico de Split, encerra sua participação na Tóquio 2020 com apenas uma vitória em quatro jogos. A equipe até fez jogo duro, mas sofreu com a ausência do pivô Robin Benzing na defesa. No ataque, não achou os espaços contra a forte marcação eslovena e acertou apenas 38% de seus arremessos de quadra. Maodo Lo foi o cestinha, com 11 pontos, e Neils Giffey contribuiu 10. Pesadelo dos brasileiros na Croácia, Mo Wagner fez apenas nove pontos e cometeu cinco desperdícios de bola.

O JOGO

Depois de um começo difícil, a Eslovênia começou a abrir quando forçou alguns erros na defesa e conseguiu sair em contra-ataque. Comandados por nove pontos de Zoran Dragic, os campeões europeus arrancaram em 15 a 2 para abrir 23 a 12 no placar. Os alemães, por sua vez, entraram numa seca de pontos que durou mais de cinco minutos, e não fizeram cestas desde a marca de quatro minutos. Os eslovenos foram ao segundo quarto à frente por 25 a 14.

Zoran Dragic passa entre dois e faz a bandeja para a Eslovênia

O jejum da Alemanha perdurou durante o segundo quarto, e só terminou com uma cesta de 3 de Mo Wagner com 1m03s de período. Com a presença de Isaac Bonga, a marcação germânica também melhorou, forçou erros seguidos da Eslovênia, e de súbito a desvantagem caiu para apenas seis pontos. Mesmo após tempo pedido pelo treinador esloveno, a Alemanha seguiu reagindo e virou o placar com três cestas de 3 pontos seguidas de Maodo Lo.

Tobey recolocou os campeões europeus à frente com um triplo. Com os titulares em quadra, os eslovenos também retomaram a defesa melhor posicionada e entrosada do primeiro quarto e logo abriu sete pontos de margem. Não abriu mais porque a marcação alemã fechava os caminhos para Doncic e dificultava os chutes de 3 da equipe. No intervalo, a Eslovênia vencia por 44 a 37.

Dragic acertou uma bola de 3 para abrir o terceiro período. Doncic acertou outra bola longa da zona morta, bem marcado por Bonga, para levar a vantagem a 12 pontos. O jogo ficou acirrado após um choque de cabeças entre Lo e Blazic, com marcação pegada e faltas duras. Era a hora de Doncic chamar a responsabilidade. Ele marcou nove pontos e duas assistências no período, que terminou em 66 a 54 para a Eslovênia.

Doncic chegou ao duplo-duplo com um passe para cesta de 3 de Prepelic no início do último quarto, e a vantagem foi a 15 pontos. Prepelic, aliás, estava endiabrado e fez mais duas de longa distância pouco depois, levando a margem a 19 pontos com 5m18s por jogar. A diferença chegou em 21 pontos após dois lances livres de Doncic, que foi descansar com pouco mais de três minutos por jogar. Dragic tratou de "fechar o caixão" alemão com seis pontos seguidos.