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Seleções iniciam debates para haver público nos jogos das eliminatórias

Conmebol avalia o cenário e evita o tema, mas já se discute nos bastidores a volta para os dois jogos de novembro

A arquibancada vazia da Neo Química Arena nesta sexta-feira, estreia da seleção brasileira masculina contra a Bolívia, promete ser o tom das primeiras duas rodadas das Eliminatórias da Copa de 2022, do Catar. O que pode não durar muito tempo, pois a Conmebol ainda avalia o cenário e evita o tema, mas já se discute nos bastidores a volta do público para os dois jogos de novembro.

O tom adotado é o mesmo na CBF. A renda de jogos em partidas amistosas e em competições oficiais representa resultado financeiro significativo para a CBF. O aumento com "bilheteria e premiação", apontados em balanços financeiros da entidade, saiu de R$ 16,5 milhões, em 2012, para R$ 56,7 milhões, no resultado financeiro de 2017.

A renda bruta dos nove jogos da Seleção na Eliminatórias da Copa de 2018 foi de R$ 70 milhões, com público total de 370 mil pessoas - em média, R$ 7,7 milhões de renda e 41 mil de público por partida. A maior renda contra o Chile (3 a 0 para o Brasil, em outubro de 2017), no fechamento das Eliminatórias, com R$ 15 milhões, mas o maior público foi no Mineirão (53.490 pagaram para ver outro 3 a 0, desta vez contra a Argentina, em novembro de 2016).

Em entrevista ao ge, o coordenador da seleção principal Juninho Paulista disse que não há qualquer previsão ainda de público em jogos do Brasil. Mas reconheceu que o cenário é de indefinição para novembro em diante.

- As coisas estão sempre mudando e mudam rapidamente. Mas o que a gente pode falar é de agora e em outubro não vai ter público - disse o dirigente da CBF.

No Equador, a federação nacional de futebol e a prefeitura de Quito chamam de plano piloto a possibilidade de abrir estádio para 15% da capacidade de público. Bolívia e Paraguai também sinalizam com a mesma intenção. Para outubro, porém, está determinado que não haverá público.

A próxima reunião entre as 10 associações com a Conmebol, prevista para início do próximo mês, vai levantar essa pauta. Qualquer mudança vai exigir adaptações dos atuais protocolos seguidos pela entidade de futebol sul-americana.

Inicialmente, a Conmebol reconhece que não pode se meter em questões sanitárias relativas a cada país - ou seja, lava as mãos para o caso de uma seleção conseguir autorização interna, dentro do território nacional, para levar público, enquanto outras não têm o mesmo direito -, mas deseja consenso entre todos dirigentes para retorno uniforme. Pelo equilíbrio técnico.

A CBF, que passou por situação análoga com os clubes no Brasileirão, ainda se esquiva sobre o assunto. Em ano atípico, com gastos extras devido à Covid-19 (com ajudas diversas entre divisões do futebol brasileiro e associações de árbitros), arrecadação menor e alguns cortes (ainda que temporários e parciais em contratos de terceirizados), a direção acompanha o cenário. Não será surpresa se o jogo no Morumbi, contra a Venezuela, em novembro, tiver público.

O ge tentou contato com a CBF para tratar do tema, mas não conseguiu contato. A entidade máxima do futebol não divulga orçamentos anuais, apenas balanços financeiros em que registra altas receitas de bilheteria e premiações.

Confira abaixo o resultado financeiro relativo a bilheteria e premiação divulgado pela CBF, em balanços. Ao lado, o que as notas explicativas de cada balanço dizia sobre os valores.

  • 2012 - R$ 16,5 milhões - não disponível no site da CBF
  • 2013 - R$ 31,9 milhões - maior parte com renda de amistosos
  • 2014 - R$ 43,8 milhões - amistosos e Copa do Mundo
  • 2015 - R$ 30,9 milhões - amistosos e Eliminatórias (2 jogos)
  • 2016 - R$ 43,3 milhões - Copa América, Eliminatórias (4 jogos) e amistosos
  • 2017 - R$ 56,7 milhões - Eliminatórias (3 jogos) e amistosos
  • 2018 - R$ 85 milhões - amistosos e Copa do Mundo
  • 2019 - R$ 55 milhões - principalmente com Copa América

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