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Pódio toda hora! Shirlene fica com a prata no lançamento de disco F38

Porta-bandeira brasileira garante medalha poucos minutos depois de Petrúcio Ferreira, com direito a recorde sul-americano

Noite prateada no Estádio Olímpico. Poucos minutos depois de Petrúcio Ferreira garantir sua medalha nos 400m T47, Shirlene Coelho repetiu a dose e subiu ao segundo degrau do pódio nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. A porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura ficou com a prata no lançamento do disco F38, para paralisados cerebrais. Com 33.91m, ela quebrou o recorde sul-americano, mas não foi páreo para chinesa Mi Na, dona do novo recorde mundial com 37.60. A irlandesa Noelle Lenihan alcançou 31.71m e levou o bronze.

Quinto lugar em Londres na mesma prova, Shirlene alcançou sua quarta medalha em Paralimpíada - todas as outras tinha sido no lançamento do dardo, onde foi prata em Pequim, ouro no Reino Unido e no Rio. A brasileira ainda ficou com a quarta colocação no arremesso do peso na edição de 2016.

Shirlene Coelho possui limitações de movimento no lado esquerdo do corpo devido à hemiplegia congênita. A lesão, no entanto, nunca a impediu de praticar esportes desde a primeira infância. O favorito era o futebol, e ela jogava como zagueira em sua equipe em Samambaia, região administrativa do Distrito Federal.

Apesar do prazer que sentia em praticar atividades físicas, sobretudo com a bola nos pés, Shirlene não se imaginava como atleta de alto rendimento. Na vida adulta, entrou no mercado de trabalho como ajudante de serviços gerais. E foi procurando emprego nesta área que recebeu a oportunidade para tentar a vida através do esporte.

A Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (Cetef) estava recrutando pessoas com deficiência para novas vagas de funcionário. Shirlene levou o currículo e recebeu o convite para jogar basquete em cadeira de rodas. Ela, que jogara a versão em pé durante a adolescência, não se adaptou. Acabou migrando para o atletismo, onde descobriu um talento nato.

- Não fui eu que encontrei o esporte paralímpico. Foi ele que me encontrou, me abraçou e não me largou.

Bom para Shirlene. Bom para o Brasil!

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