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Mogi cumpre ameaça, não entra em campo e perde para o Ypiranga por WO

Irritados com promessa descumprida do presidente, atletas do Sapo se reúnem e decidem não atuar. Rival sobe a campo, mas jogo pela Série C não ocorre

A 14ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro foi aberta com um WO. O Mogi Mirim não foi a campo para enfrentar o Ypiranga neste sábado, em partida marcada para 15h30, no Estádio Vail Chaves, em Mogi Mirim. A decisão partiu dos jogadores do time paulista, que estão com salários atrasados (de um a sete meses, de acordo com o meia Cristian) e se recusaram a atuar em forma de protesto contra a diretoria.

De acordo com o regulamento da CBF, o Ypiranga é declarado vencedor pelo placar de 3 a 0 e soma mais três pontos na luta pela classificação. O time gaúcho subiu ao campo e cumpriu todo o protocolo, assim como o trio de arbitragem, formado pelos maranhenses Paulo Sergio Santos Moreira (juiz), Antonio Fernando de Souza Santos e Antonio Adriano de Oliveira (assistentes). Eles esperaram 30 minutos até encerrar o jogo que não aconteceu.

Os jogadores do Mogi já tinham indicado que não jogariam horas antes, em nota divulgada pelo Sindicato dos Atletas Profissionais. Alguns atletas tomaram a decisão ao ver o presidente Luiz Henrique de Oliveira descumprir mais um prazo de pagamento. Eles esperavam receber parte dos atrasados na sexta, o que não aconteceu.

Pouco antes da partida deste sábado, alguns integrantes do elenco se reuniram com o presidente, mas não houve acordo. Após o encontro com o cartola, jogadores passaram pelo campo, desceram até o vestiário e foram embora do estádio. Um dos líderes do protesto, o experiente meia Cristian, ex-Palmeiras e Ponte Preta, lamentou a situação e defendeu os companheiros.

O presidente Luiz Henrique de Oliveira desmentiu a frase de Cristian sobre o cheque sem fundo. Em entrevista coletiva após o WO, o cartola voltou a falar da necessidade de vender bens materiais da instituição para quitar as dívidas, e que isso ainda não aconteceu.

- Não dei nenhum cheque para o grupo. Para eu pagá-los, dependo da venda do ônibus.Semana passada já teve um princípio de greve. A gente conseguiu mudar, pagando parte dos atletas com recurso próprio. Alguns estavam indo para o terceiro mês de salário e os demais têm um mês só de salário vencido. Eles aguardaram essa semana, a gente não conseguiu fazer a venda do ônibus ainda, e eles decidiram que não iam entrar em campo - disse o cartola.

A crise financeira enfrentada pelo Mogi Mirim é a mais grave dos últimos anos. Desde a troca de presidente (saiu o ex-jogador Rivaldo, entrou o empresário Luiz Henrique de Oliveira), em 2015, o clube convive com falta de pagamentos, que resultam em maus resultados - o Sapo caiu três vezes (Série B para a C do Brasileiro, Série A1 para A2 do Paulista e A2 para A3) e caminha para o quarto rebaixamento. Lanterna do Grupo B, com dez pontos, o time tem agora quatro rodadas para evitar a queda à Série D do Brasileiro.

* Com informações de Caio Maciel, repórter da EPTV

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